O ex-ministro, chegou em comitiva, com a cúpula nacional do PDT, com o presidente do partido – Carlos Lupi, a deputada estadual Martha Rocha, e o ex-deputado federal Miro Teixeira. Também presente Rodrigo Neves, que foi lançado recentemente pelo PDT como candidato ao governo do estado, Brizola Neto, Negrogum – Presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Negro – CEDINE e do Movimento Negro PDT-RJ, entre outros.
No encontro, foi lançada a ideia para o professor ser o coordenador do programa de governo do candidato à Presidência da República, Ciro Gomes e para o candidato ao Governador do estado do Rio de Janeiro, Rodrigo Neves. “É um reconhecimento da nossa luta e do nosso trabalho”, pontuou Ivanir.
“A construção dos caminhos para recuperar o Brasil, superar a miséria e reduzir as desigualdades passa pelo debate de um Projeto Nacional de Desenvolvimento que compreenda como o país chegou, onde está e aponte as soluções para o futuro. O encontro com o prof. Ivanir foi importante e nos ajuda a seguir na luta contra o racismo. Esse trabalho deve ser feito a muitas mãos, com pessoas de todo o país e de várias linhas de ação política”, endossou Ciro Gomes.
“A luta dos negros no Brasil não pode ser tratada como uma causa identitária, é uma questão da maioria.”, disse Ivanir pra Ciro. Para o Presidente Nacional do Movimento Negro do PDT, Ivaldo Paixão – “O encontro teve como objetivo agregar valor ao projeto nacional”. Devidamente corroborado com Elisa Larkin, viúva de Abdias Nascimento – “Ivanir é uma liderança muito importante do movimento negro e da intolerância religiosa. É um quadro importantíssimo que vai continuar naquela luta que o PDT vem há muitas décadas, com uma postura pluripartidária, suprapartidária, reconhecendo que os direitos da população negra são os direitos do povo brasileiro”.
Ciro, confiante para o pleito na próxima eleição, foi ouvir o historiador e sacerdote, reconhecido nacional e internacionalmente. Atestou o interesse em ter o líder religioso contribuído no programa da campanha do PDT contra o racismo. Ciro recebeu ainda do prof. seus livros editados: “Marchar não é Caminhar”, “Intolerância Religiosa no Brasil”. Ouviu ainda outros veteranos no movimento negro e lideranças religiosas.
“O que se viu aqui, foi um encontro de esperança, temos que combater essas desigualdades, ou seja, cumprir a constituição que manda combater as desigualdades, hoje foi traduzido aqui numa linguagem real e efetiva, de combatividade”, alegou o veterano Mito Teixeira.
Ivanir, vem há 40 anos dialogando com lideranças, onde defende que a política só se sustentará com a presença de mulheres e homens negros em espaços estratégicos, de todas as áreas da gestão pública federal, sobretudo na Saúde, Educação, Segurança, Economia, Cultura e Assistência Social.
Segundo Paulo Bahia, sociólogo, cientista político da UFRJ – “Esse movimento, com Ciro e Ivanir, representa um avanço na pauta do combate à intolerância religiosa e do combate ao racismo. De maneira ampla, não em um quadradinho. É um fato novo, já que, normalmente, os movimentos negros são tratados como cercados. Aqui, a ideia é outra, é ampla”.
As lideranças ficaram animadas com essa composição. Willian Reis – Coordenador Executivo do Grupo Cultural AfroReggae, atestou que: “Foi importante, principalmente no sentido de que a gente sempre cobra das lideranças políticas se aproximarem de lideranças negras, e o Ivanir como um representante merece toda essa atenção, nessa corrida política”. Assim como Joelson Santiago, do Educafro – “É um momento único para o movimento negro, participado das pautas de ações afirmativas e política nessa construção”. Totinho Capoeira – Presidente do Fórum Municipal de Legislação Afro Brasileira (de Campos), achou o encontro histórico, tanto para o movimento negro, quanto para o afro-religioso.
Presentes ainda Lia Vieira (PDT), Babalawô Marcelo Monteiro de Oxossi, o Promoter de Mídia Afro Yango Ti Obalúwàiye, Jacques D’adesky (UFF), Luiz Fernando Neri, Gustavo Proença – Nicodemos & Nederstigt Advogados, Prof. Filipe Chanel, Geraldo Coelho – Frente Favela Brasil, entre outros.
Junior Mangueira (associação de moradores do bairro), inclusive, deu de presente um livro para o anfitrião e outro para Ciro. Mas a tarde ganhou um mimo, foi regada com uma feijoada, para o festejo dos 67 anos do sacerdote, ao lado da família. E com direito a bolo, mas foi pedido pelo aniversariante que não cantassem os parabéns e não manifestassem palmas, e sim, que fosse feito 1 minuto de silêncio em homenagens às vítimas da Covid. E assim, feito.
Após o bolo, por volta das 15h30, Ciro seguiu para outra agenda em Niterói e Duque de Caxias.
Fotos de Henrique Esteves |