A Bahia é o quarto estado do país no que tange ao plantio de eucalipto, com 618 mil hectares (ha) destinados ao cultivo. Esse setor florestal-industrial (de base florestal plantada) representou negócios no montante de R$ 14,32 bilhões em 2020, uma contribuição na ordem dos 5% no total do PIB do estado. Esses são alguns dados do relatório Bahia Florestal 2021 – Oportunidades de Investimentos Verdes, que será apresentado em evento online na terça-feira (21), a partir das 10h, no Canal da Malinovski, no YouTube (Malinovskioficial). As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas no endereço eletrônico https://bit.ly/insc-bh-florestal.
O Dia da Árvore – 21 de setembro – foi escolhido para o anúncio dos dados colhidos para o relatório, que é bienal e produzido pela Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf). O evento, ao vivo e totalmente virtual, tem organização da Malinovski (empresa do setor florestal e madeireiro) e conta com o apoio da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e das nove associações estaduais de empresas de base florestal.
A programação, das 10h às 12h, trará exposições de João Leão (vice-governador e secretário do Planejamento do Estado da Bahia), Nelson Leal (secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia), Paulo Guimarães (superintendente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia), Ricardo Malinovski (CEO Malinovski), Moacyr Fantini Jr. (diretor da Veracel e presidente da Abaf), Paulo Hartung (presidente da Ibá) e Wilson Andrade (diretor executivo da Abaf).
Todo o evento foi construído para dimensionar a importância do setor florestal-industrial (de base florestal plantada) no mundo e no Brasil, com destaque para a realidade da Bahia. Os produtos desse setor, de base renovável, vêm de florestas plantadas para fins comerciais. São plantios planejados e manejados nos quais se planta árvores para posteriormente se realizar a colheita e, seguidamente, um novo plantio. Isso sempre em áreas antes degradadas (zero desmatamento) e sem vocação agrícola para outras culturas. Dessa forma, o setor contribui para a preservação das matas nativas, para a mitigação de mudanças climáticas, têm influência na regulação do fluxo hídrico, na conservação do solo, na manutenção da biodiversidade, entre outros serviços ambientais.
Segundo dados do relatório que será mais detalhadamente apresentado durante o evento, a Bahia atualmente conta com 521 empresas que fazem parte da cadeia produtiva do setor florestal-madeireiro. Cerca de 52% delas estão associadas com a produção de móveis de madeira, 32% com a indústria madeireira (serrarias e usina de tratamento de madeira) e 16% com a indústria de celulose, papel e papelão. Destacam-se, ainda, as produções de carvão vegetal e de biomassa (pellets e resíduos oriundos da atividade florestal), que suprem a indústria do agronegócio e de bioenergia no estado.
O relatório bienal produzido pela Abaf é uma ferramenta para o planejamento de atuais e novos investimentos no estado. “Destacamos que o setor florestal é uma atividade de médio e longo prazo e por isso precisa ser planejada antecipadamente para um perfeito equilíbrio entre a oferta e a demanda de madeira, integrando ainda mais os pequenos e médios produtores e processadores de madeira de florestas plantadas”, comentou o diretor executivo da Abaf, Wilson Andrade, que chama a atenção para os dados do relatório que demonstram “que o potencial para crescimento dessa indústria em nosso estado é gigantesco”.
Fonte/Foto:Seagri