Criação de suínos é alternativa de renda para agricultores da zona rural de Condeúba

A criação de suínos é uma atividade pecuária que desempenha um papel importante na manutenção econômica e nutricional de inúmeras famílias. Nas comunidades de Riacho Seco e Santo Reis, no município de Condeúba, a atividade, uma tradição na região, só agora gera perspectivas de renda para os agricultores, que passaram a contar com investimentos do Governo do Estado, por meio do projeto Bahia Produtiva.  

Foram investidos R$419,2 mil na Associação dos Pequenos Produtores e Moradores das Fazendas Riacho Seco e Santo Reis para a construção de 20 pocilgas individuais, beneficiando diretamente 20 famílias, onde cada uma recebeu três matrizes de suínos e seis reprodutores para rotacionar entre as 60 matrizes entregues. Além disso, os beneficiários recebem Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) e são acompanhados pelo Agente Comunitário Rural (ACR), que também presta assessoria.  

O agricultor Salvador Messias, da comunidade Riacho Seco, conta que as famílias já criavam porcos antes da chegada do projeto Bahia Produtiva, mas que não havia nenhum cuidado no manejo dos animais: “Só tenho a agradecer esse apoio do Governo do Estado. Vi meu pessoal cuidar de porcos minha vida toda, mas era muito diferente. Vejo que, antes, a gente não tinha condições nenhuma de ter lucro. Por exemplo, a gente colocava um litro de comida e dois de terra, porque a gente colocava a comida de qualquer jeito, na chuva mesmo. Hoje, temos a maneira correta de cuidar dos nossos porcos”.  

O ACR Victor Prates explica que a comunidade está na fase de expandir a produção e obter lucratividade: “Estamos no início da criação as matrizes, realizando um processo de multiplicar os animais. Cada matriz pode reproduzir de dez a 15 leitões. A expectativa é grande. Os suínos eram abatidos para o próprio consumo, mas o que se planeja é alcançar parcerias para escoar a produção para fora da comunidade, em açougues, frigoríficos e granjas”.  

A criação tradicional, animais soltos, transitando livremente com acesso aos cursos de água, se alimentando de “restos de alimentos”, sem controle de pragas e parasitos, traz resultados negativos quanto ao controle alimentar, de sanidade, reprodutivo, reduzindo a produtividade, podendo acarretar prejuízos graves à saúde do consumidor, além do risco de trazer prejuízos às culturas agrícolas e a outras espécies animais. Manter os animais em instalações apropriadas potencializa os resultados tanto para a produção, quanto para a comercialização. 

O Bahia Produtiva é um projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Banco Mundial.