Trabalhadores de asseio e conservação têm dois meses sem salários e param as atividades em São Francisco do Conde

Ao menos 300 trabalhadores de asseio e conservação do município de São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador, pararam as atividades devido à falta de pagamento de salário e benefícios pela empresa Viverde. Nesta quinta (4) e sexta-feira (5), os profissionais organizam ações e tiveram apoio central do SindilimpBA, que já pediu mediação no Ministério Público do Trabalho (MPT) para que a questão seja resolvida urgentemente.

“São pais e mães de família que ainda estão enfrentando o processo duro que é a pandemia. Além de arriscarem a vida cotidianamente, indo para o trabalho e enfrentando as adversidades, os trabalhadores estão enfrentando dívidas, doenças e o salário é precioso neste momento tão delicado. Pedimos a intervenção do MPT para garantir os direitos dos profissionais, até porque eles estão organizados e pediram o apoio do sindicato”, salienta a coordenadora-geral do SindilimpBa, Ana Angélica Rabello.

Sobre a manifestação desta sexta, o sindicato diz que os trabalhadores marcaram um protesto na frente da prefeitura para pressionar o pagamento dos salários atrasados e regularização dos benefícios. “É constrangedor para todos. A empresa dificulta as negociações, a prefeitura não responde e os trabalhadores e trabalhadoras que ficam sem seus recursos. Com esse ‘novo normal’ por causa da covid-19, ficar sem salário nunca foi uma opção para esses profissionais”, completa a sindicalista.