Os deputados estaduais Capitão Alden e Soldado Prisco, durante participação na Brado Rádio, nesta quarta-feira (10), apresentaram uma série de informações sobre o caso dos respiradores que vem sendo investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.
Baseados no relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA), que identificou irregularidade nas compras dos equipamentos que seriam utilizados para o combate aos casos mais graves do Covid-19, os parlamentares afirmaram que irão buscar, mais uma vez, a abertura de uma CPI na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
“Estamos esperando o relatório final da CPI do Rio Grande do Norte para poder também solicitar uma CPI aqui na Bahia. São escândalos que não podem ficar sem investigação. A sociedade cobra respostas. Queremos saber onde foi parar o dinheiro dos respiradores que nunca chegaram”, disse Capitão Alden.
O deputado bolsonarista, que esteve na última semana no Rio Grande do Norte a convite do deputado Kelps Lima pra assistir o depoimento do ex-Chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Bruno Dauster, que ficou calado, relatou que tentou a abertura de uma comissão, mas que a mesma não foi aprovada pelos deputados. Mesmo assim, o parlamentar acrescentou que não desistirá da instalação.
“O TCE identificou que houve pagamento antecipado de valores elevados sem a devida avaliação de risco de inadimplência das fornecedoras e a adoção das devidas garantias dos instrumentos contratuais mínimos e comprimento desses termos do contrato. Não existia a previsão de multas ou punição em caso de possíveis danos aos equipamentos ou impossibilidade da entrega dos itens contratados. O TCE conseguiu comprovar através de documentações que foram inseridas no processo que milhões de reais foram pagos de forma antecipada, sem nenhuma garantia de entrega desses recursos. Mesmo assim, a Assembleia não entendeu ser necessária a abertura da CPI até este presente momento”, reiterou Alden.
O deputado Soldado Prisco, que assinou o documento favorável a instalação da CPI, ressaltou a necessidade de investigação por parte da Alba. “Não pode ficar esquecido. Precisamos buscar respostas para o escândalo que provocou o prejuízo aos cofres públicos de pelo menos R$ 48 milhões. O governador Rui Costa, como presidente do Consórcio Nordeste, na época, precisa explicar. Ficar calado sobre o tema só embasa a tese de que é preciso apurar”, disse Prisco.