No início da tarde desta quinta-feira (18), o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou novamente o caso de injúria racial sofrido pelo meia Celsinho, do Londrina, após o Brusque entrar com um recurso para revisão da pena aplicada. Após votação que segue em andamento, a equipe recuperou os três pontos perdidos e se distanciou da zona de rebaixamento.
O julgamento contou com a presença do próprio jogador, que falou sobre o caso e danos causados a sua família. Além dele, representantes do Brusque Futebol Clube, Federação Catarinense de Futebol, Federação Baiana de Futebol, Esporte Clube Vitória, Associação Atlética Ponte Preta e Londrina Esporte Clube também participaram e foram ouvidos.
Após esse período a decisão ficou por conta dos auditores que, apesar de divergriem em algumas penas, deixaram claro a importância de uma punição severa aos atos discriminatórios no futebol brasileiro. Entretanto, o auditor Ivo Amaral criticou dois clubes presentes por sequer cumprimentarem o meia do Tubarão. “Eles só queriam que tirassemos os pontos”, afirmou.
Inicialmente, o clube catarinesne havia sido punido com a perda de três pontos na Série B do Brasileiro e uma multa de R$ 60 mil, além da suspensão por 360 dias e multa em R$ 30 mil do presidente do Conselho Deliberativo, Júlio Antônio Petermann, autor dos xingamentos. Foi relatado na súmula da partida, pelo árbitro Fábio Augusto Santos Sá Junior, que o dirigente proferiu as seguintes palavras: ”Vai cortar esse cabelo, seu cachopa de abelha”. Além disso, a palavra ”macaco” foi ouvida pelo atleta, porém sem identificação do autor. O fato aconteceu no dia 28 de agosto, no empate entre as equipes por 0 a 0, no estádio Augusto Bauer.
Com isso, o Quadricolor pula para a décima quarta colocação da tabela, com 44 pontos. Com isso, Ponte Preta, antiga dona da posição, cai para décima quinta colocada.