Tratando os vereadores como “colegas”, em alusão ao seu nome, o cantor e compositor Edil Pacheco ocupou a Tribuna Popular da Câmara, na sessão desta segunda-feira (21), para pedir a colaboração da Casa para a 47ª edição do Dia do Samba, 2 de dezembro. O show, que acontecerá na Praça Cayru e homenageará Jackson do Pandeiro, que se estivesse vivo completaria 100 anos este ano, terá como atrações principais as cantoras Maria Rita e Mariene de Castro.
“Além de uma festa popular, o Dia do Samba é também uma manifestação de cunho social, porque dá oportunidade para mais de 40 artistas se apresentarem, alguns que só têm essa chance de cantar para um público desse porte”, ressaltou Edil Pacheco. Fugindo ao protocolo, o sambista pegou o violão e brindou os vereadores com o samba, de sua autoria, “De amor é bom”.
Resistência
O presidente da Câmara, Geraldo Júnior (SD), classificou o sambista como “uma grande referência da música baiana”. Odiosvaldo Vigas (PDT), coordenador do Centro de Cultura da Câmara, deu total apoio à realização do Dia do Samba, destacando a importância do tributo a Jackson do Pandeiro. Ele lembrou que por projeto de sua autoria o dia 17 de outubro também foi instituído como Dia Municipal do Chorinho.
Moisés Rocha (PT) lembrou que “o Dia do Samba nasceu aqui nesta Casa”, referindo-se ao projeto, de autoria do ex-vereador Luiz Monteiro da Costa, aprovado em 1963, instituindo a data. E criticou a administração municipal por não valorizar o ritmo genuinamente baiano: “Agora estão querendo acabar com o samba em Itapuã”.
Aladilce Souza (PCdoB) propôs que os vereadores saíssem em caravana no dia 2 de dezembro para a festa na Praça Cayru e o vereador Sílvio Humberto (PSB), presidente da Comissão de Cultura, considerou um absurdo que sendo Salvador “o berço do samba” os organizadores ainda tenham que apelar por políticas públicas para fomentar o segmento. “Parabenizo Edil Pacheco pela resistência”, frisou.
Edvaldo Brito (PSD) lembrou que a música Araketu (Araketu é meu, é seu, é de nós! É de Deus!), parceria de Edil Pacheco e Paulo Cesar Pinheiro, marcou suas campanhas políticas. “Tenho certeza que esta Casa vai apoiar esse evento, porque o samba precisa viver”, defendeu.