“Rui foi incisivo e age como um gestor responsável”, diz Marta após críticas ao governador por declaração sobre número em festas e eventos

A vereadora do PT, Marta Rodrigues, afirma que o momento não é de dar brecha para a pandemia, descumprindo decreto, e destaca que aliados do prefeito precisam parar com narrativas falaciosas e se preocupar com ‘geração de renda junto com a saúde pública’

A presidente da Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia da Câmara de Salvador, vereadora Marta Rodrigues (PT), saiu em defesa do governador Rui Costa, nesta terça (18), após declaração sobre a possibilidade de redução de limite de pessoas em festas e eventos, diante do descumprimento do decreto estadual, e dos números atuais, que apontam Salvador com 65% dos leitos de UTI ocupados e 87% das enfermarias, conforme dados da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).

Para a petista, a bancada do prefeito deveria estar preocupada em completar o esquema vacinal na população de Salvador, cujo número de não vacinados e em atraso tem sido alertado com preocupação pela prefeitura e pela Secretaria de Saúde do Município. “O debate de geração de renda não pode ser desvinculado da saúde pública, pois são as vidas de quem trabalha, das pessoas que estão nesse espaço, e da população, principalmente diante do aumento de casos da variante Ômicron, de alta transmissão”.

Segundo Marta, o governador sempre deixou nítido que a prioridade é a saúde pública e que não permitiria o descumprimento do que vem sendo determinado e orientado ao lado da ciência. “Ele foi incisivo e agiu como gestor responsável. Rui se baseia em dados científicos, em orientações e recomendações dos especialistas, como tem feito desde 2020. Não vai ser agora, após tanto trabalho para conseguir vacinas e pôr em prática a vacinação na capital e na Bahia, que ele vai dar brecha para a pandemia”, pontuou.

A parlamentar destacou, também, que o momento ainda é de insegurança, mas os aliados do prefeito continuam criando narrativas falaciosas, mesmo diante das evidências e do alerta da prefeitura com o número de não vacinados de 30 mil, 210 mil pessoas em atraso, além do aumento de casos da variante Ômicron. “Os dados mostram que houve aumento de infectados em Salvador e que são maiores as chances de casos graves em quem não está imunizado. O debate deveria ser este, resolver esta questão da saúde, pois sem saúde não se gera renda para a cidade, e assim pensar em outras perspectivas”, acrescentou.

Para a petista, as narrativas falaciosas caem por terra. “As pessoas sabem que o momento é de insegurança, e estão ao lado do governador com essas decisões. Então não adianta querer criar polêmicas que não nos levam a nada. Devíamos estar unidos para sair da pandemia, gerar renda com saúde. Este deveria ser o compromisso de todos nesse momento”, pontuou.