Pré-candidato a deputado federal cita clonagens e apoio técnico do poder público para que o estado mantenha liderança no setor
Cacauicultor e ex-secretário de saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas comemorou a produção recorde de cacau que a Bahia obteve no ano de 2021. Segundo a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), o estado produziu quase 141 mil toneladas de amêndoas. É o melhor resultado desde 2017, mantendo-se como maior produtor do Brasil.
“Os dados mostram a força do cacau baiano e como precisamos continuar valorizando-o. Somos responsáveis por mais de 70% de todas as amêndoas produzidas no Brasil, mesmo recorrendo aos métodos mais tradicionais, como a cabruca. Entendo que podemos ampliar ainda mais esse protagonismo com modernidade e maior apoio técnico”, disse Vilas-Boas.
O médico é cacauicultor em Uruçuca, no sul baiano, há quase 30 anos. Lá, trabalha com clones mais resistentes a pragas como a vassoura-de-bruxa. Pré-candidato a deputado federal, Vilas-Boas entende que o poder público pode auxiliar agricultores, tanto oferecendo apoio técnico no manejo como subsidiando espécies mais produtivas e resistentes.
“A Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri) tem feito um bom trabalho, reorganizando a cadeia produtiva do cacau. Temos amêndoas reconhecidas no mundo todo e fábricas que produzem chocolates finos e premiados. É um caminho que só pode evoluir: trazer mais tecnologia, produzir mais amêndoas, trazer mais fábricas de chocolate para o estado, gerar mais empregos e mais renda”, disse o ex-secretário de saúde.
Em relação a 2020, a produção aumentou quase 40%, mostrando que a cacauicultura baiana vem se recuperando do baque da pandemia. “Ainda temos fronteiras a explorar no estado, como o Oeste e o Extremo-Sul, onde é possível produzir cacau a pleno sol e irrigado. Manter o status de maiores produtores do Brasil é importante, mas não devemos nos limitar a isso. A Bahia ainda pode tirar mais da cadeia produtiva do cacau”, completou.