Assinada ordem de serviço para reforma da orla entre Amaralina e Pituba

Foi assinada neste sábado a ordem de serviço para execução das obras de requalificação do trecho da orla entre Amaralina e Pituba. Estiveram presentes ao evento o prefeito ACM Neto, o vice-prefeito e secretário de Obras, Bruno Reis, além de representantes de outras pastas e vereadores.

Com a intenção de devolver ao Largo das Baianas a sua importância turística e histórica no contexto na cidade, será instalada uma escultura, assinada pelo artista visual Bel Borba, em homenagem a essas profissionais. O posicionamento do monumento foi definido de modo que o transeunte possa percebê-lo a distância. O piso será trabalhado em pedra portuguesa nas cores vermelha, branca e preta. A estrutura atual será substituída por um novo quiosque em madeira com acomodação para dez baianas de acarajé e espaço para uma roda de capoeira. Também serão instalados um parque infantil, equipamentos para academia de ginástica e quiosque para a comercialização de coco.

O projeto contempla também a Praça João Amaral que ganhará quadra poliesportiva, parque infantil, quiosques de coco e acarajé, equipamentos de giástica e paraciclo. A prefeitura fará também a primeira Colônia de Pescadores de Amaralina, que com 87 metros quadrados, dará suporte a 20 pescadores que atuam na região. Já a Praça do Budião receberá um tratamento com plataforma única. Ou seja, não haverá desnível entre passeio e meio-fio, e o revestimento do piso será em blocos de concreto intertravado. Esta última é uma das características comuns a todos os trechos da orla que já foram requalificados em Salvador pela atual gestão municipal.

“Ao darmos a ordem de serviço para requalificação desse trecho da orla estamos demonstrando nosso compromisso com a preservação do mais importante patrimônio natural da nossa capital que é a nossa orla. Estamos aplicando quase 40 milhões na requalificação desses 3,3 km. Após a conclusão de mais essa obra, Salvador terá o mais longo trecho de orla requalificado da sua história, contando desde a Barra até o Rio Vermelho, de forma ininterrupta. É uma mudança definitiva no desenho de nossa cidade, que, no passado, era lembrada por ter um litoral abandonado e esquecido”, salientou Neto.

O vice-prefeito, Bruno Reis, destacou a participação da comunidade na concepção do projeto: “Conversamos com a comunidade e por isso todos foram contemplados. Vamos correr para tentar entregar a reforma da colônia até o dia da festa dos pescadores em 2020. As baianas de acarajé, que são patrimônio da nossa cidade, terão um espaço digno de trabalhar e sustentar suas famílias. A capoeira também será contemplada. Aqui teremos o primeiro espaço coberto para pratica da capoeira. Aqui a gente abraça todo mundo. A cidade participa discutindo, propondo as ideias e a prefeitura executando”.

Comunidade – Morador antigo da região, Gutemberg Rocha, mais conhecido como Bebegue, destaca a necessidade de se revitalizar o espaço, sobretudo o largo das baianas, que segundo ele, perdeu o seu atrativo turístico. “A parte da Praça João Amaral, no “quebra-coco”, é o trecho mais crítico. O passeio, inclusive, já cedeu. Falta uma infraestrutura melhor para o pessoal tomar uma cerveja, uma água de coco… O Largo das Baianas também precisa ser totalmente revitalizado. Isso aqui é uma relíquia de Salvador. Eu era garoto e minha mãe já me trazia aqui para comer um dos melhores acarajé de Salvador. Hoje não tem mais referencia nenhuma. As baianas sumiram, só restaram algumas guerreiras”. Opinião parecida tem Antônio Bonfim, representante da Associação de Surfistas de Amaralina: “Essa é uma obra que chega tardiamente em nossa região. O prefeito olhou pela Barra, está olhando pela Ondina e agora chegou a nossa vez. Tivemos que ter paciência. Essa obra é necessária pois requalificará a nossa orla, além de dar dignidade aos trabalhadores permanentes do local como as baianas e os pescadores”.

“Era o que estava faltando… O prefeito estava devendo a nós moradores da Pituba. Nossa orla marítima estava precisando de uma obra à altura do que é a Pituba. Para bens ao prefeito por ter cumprido a promessa de fazer essa intervenção. Não tenho dúvidas que ficará maravilhosa”, afirmou Para “Beto do Conselho”, presidente da Associação de Moradores da Pituba.

A obra, que terá duração de 12 meses, será executada pelo Consórcio Orla Marítima em um trecho de 3,3 quilômetros de extensão, do Quartel de Amaralina até a Praça Wilson Lins na Pituba. O custo total da empreitada é de R$ 38,8 milhões.

Veja o vídeo do projeto: