André Mendonça diz não reconhecer suspeição para analisar notícia-crime contra Bolsonaro

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para que ele se declarasse suspeito para analisar uma notícia-crime apesentada na Corte contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na notícia-crime, Bolsonaro é acusado de prevaricação e advocacia administrativa, crime que ocorre quando um funcionário público usa o cargo para defender interesses privados.

Indica-se, dessa forma, que ele deveria ser investigado por ter afirmado, em 2020, que mandou “ripar” servidores do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) após receber a informação de que o órgão paralisou uma obra de Luciano Hang, dono da Havan e apoiador de Bolsonaro.

Mendonça foi sorteado para ser o relator do caso em setembro e senador Randolfe pediu que o ministro se declarasse voluntariamente suspeito para atuar no caso ou que enviasse o pedido à presidência da Corte para analisar a relatoria.

A explicação para o pedido, segundo o senador, é a de que Mendonça é amigo do presidente, por isso, não está apto a ser relator do pedido.

Em sua decisão, Mendonça diz não reconhecer a presença, no caso concreto, de quaisquer das hipóteses legais de suspeição do magistrado.

Foto:Fabio Pozzebom