País importa quase 100 milhões de toneladas por ano, mas está tentando reduzir o volume de farelo na ração para as criações
A China pode reduzir sua demanda por soja em 30 milhões de toneladas, continuando a promover rações com menos farelo de soja e proteínas alternativas, afirmou a agência de notícias oficial Xinhua nesta quarta-feira, citando autoridades agrícolas não identificadas. A China emitiu diretrizes no ano passado recomendando a redução de farelo de soja e milho na alimentação de suínos e aves, buscando reduzir sua dependência de grãos importados.
O país importa quase 100 milhões de toneladas de soja por ano para produzir farelo de soja rico em proteínas para seu enorme setor pecuário. A fatia do farelo de soja na ração caiu para uma média de 15,3% no ano passado, recuo de 2,4 pontos percentuais em comparação com 2020, disse a Xinhua. Entre as 33 maiores empresas de rações, o farelo de soja teve uma média de 11,8%, uma queda de 1,6 ponto percentual em relação ao ano anterior.
A China poderia reduzir o uso de farelo de soja em mais 23 milhões de toneladas, reduzindo suas necessidades de soja em quase 30 milhões de toneladas, se continuar a promover a alimentação de criações com baixo teor de proteína, acrescentou o relatório.
Os fabricantes de ração podem aumentar o uso de aminoácidos e grãos alternativos para substituir o farelo de soja, enquanto um maior consumo de forragem pode substituir o farelo de soja na alimentação de bovinos e ovinos, disse.
A China disse que aumentar a produção de soja será uma “grande tarefa política” este ano, depois que a produção da oleaginosa caiu em 2021, quando os agricultores plantaram mais milho.