Vereadora criticou retirada de Artes e Educação Física e fez coro ao pronunciamento sobre o tema pela professora Sirlene Queiroz na Tribuna Popular: “Estamos em retomada das aulas e precisamos avançar”
A presidente da Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia, vereadora Marta Rodrigues (PT), fez coro à professora Sirlene Queiroz que utilizou a tribuna popular da Câmara Municipal, na terça-feira (17), antes da votação do Programa SOS Cultura II, para criticar a condução da educação pública em Salvador, a retirada de professores de Artes e Educação Física e a não convocação desses educadores aprovados em concurso em 2019.
A vereadora também aproveitou as pontuações da professora e criticou a condução da gestão na área, que, segundo ela, tem sofrido vários retrocessos a exemplo da atenção a educação privada em detrimento da educação pública com o projeto Pé na Escola; o fechamento de mais de 40 unidades de EJA e o descaso com o processo pedagógico ao retirar do ensino fundamental aulas de Artes e Educação Física.
Não podemos deixar de falar aqui da Educação, pois estamos num período de retomada das aulas, de correr atrás do tempo perdido, mas infelizmente Salvador está muito distante de se recuperar. Vivemos na capital baiana uma situação muito grave. Sobre o Projeto Pé Na Escola, nada mais é que a concessão de vouchers às famílias, significando um a falta de prioridade dos recursos orçamentários, fomentando um pernicioso processo de mercantilização e privatização da educação pública”, disse.
Segundo a vereadora, o que a capital baiana precisa, neste momento, é além de uma busca ativa de crianças para a vacinação, ampliar vagas na educação pública, “pois não será transferindo os recursos já escassos para o setor privado de ensino que resolveremos nossos problemas”. “No entanto, esse é o projeto da prefeitura e isto fica muito evidente nos dados. Para se ter uma ideia, conforme a LOA 2021, foram empenhados em 2021 R$ 14.890.929,25 com o Pé na Escola. A previsão era de um total de R$10.000.000,00 (Creche R$ 5.480.000,00 e Pré-Escola R$ 4.520.000,00). Ao invés desses gastos, precisamos imediatamente combater a evasão escolar e isso não acontece através do fechamento de turmas da EJA ou com Voucher”, acrescentou.
Ainda conforme a petista, a prefeitura também não pode fazer pouco caso com os educadores, como vem ocorrendo. “Defender o Direito a Educação é lutar por uma educação pública emancipatória e socialmente referenciada que passa, principalmente, pela garantia dos direitos dos trabalhadores da área, da liberdade de cátedra, e da educação inclusiva em todos os campos do conhecimento, do saber e do desenvolver humano.
“E dentro disso é fundamental a permanência dos professores de arte e educação física no ensino fundamental I. Fazer cumprir a lei, a convocação dos professores de Arte e Ed. Física aprovados e classificados do concurso de 2019. Qualificar a Educação Pública Municipal e a fazer a publicação das vagas residuais para mudança de nível”, ressaltou.