Com o objetivo de desenvolver e direcionar o setor dos fertilizantes nos próximos anos, foi lançado, nesta sexta-feira (11), o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), pelo Governo Federal. O evento foi realizado às 11h, no Palácio do Planalto, em Brasília. Estiveram presentes no lançamento o presidente Jair Bolsonaro; a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina; o ministro da Economia, Paulo Guedes; o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque; e o Secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Flávio Rocha.
O plano visa promover o desenvolvimento do agronegócio nacional de forma menos subjugada, prevendo reduzir a importação dos insumos e fragilidades que afetem a produção agroecológica e agropecuária brasileira. De acordo com o governo, atualmente, 85% dos adubos e insumos utilizados na agricultura brasileira são importados, fazendo com que o país se torne o único, dentre os grandes produtores do mundo, sem autonomia no fornecimento de fertilizantes, aumentando o grau de dependência dessa importação.
O projeto foi construído no ano de 2011, sendo que onde as estratégias só foram discutidas em 2021. A previsão de lançamento era para o final do mês atual, mas, devido a guerra entre a Rússia e Ucrânia – que impacta todo desenvolvimento econômico do país –, o evento foi antecipado.
O Plano Nacional de Fertilizantes possui como proposta principal reduzir 45% da importação e dependência do Brasil para com insumos e fertilizantes, até 2050. De acordo com a ministra Tereza Cristina, o Brasil consome anualmente em torno de 55 milhões de toneladas de fertilizantes, ocupando o lugar de maior importador mundial desse insumo.
Em conformidade com o governo federal, o PNF será uma referência para o planejamento do setor de fertilizantes nas próximas décadas, promovendo o desenvolvimento do agronegócio nacional, com foco nos principais elos da cadeia: indústria tradicional, produtores rurais, cadeias emergentes, novas tecnologias, uso de insumos minerais, inovação e sustentabilidade ambiental.
O plano abordado tem oito pilares como base de sustentação e desenvolvimento:
► Criação do Conselho Nacional de Fertilizantes; ► Concessão de incentivos fiscais e tributários a fabricantes; ► Abertura de linhas de crédito especiais para investidores; ► Mapeamento geológico de áreas com reservas minerais para exploração; ► Desburocratização de processos de licenciamento para a exploração de minas; ► Exigência de projetos sustentáveis para a exploração; ► Estímulo a pesquisas sobre novas tecnologia de nutrição vegetal; campanha nacional com orientações sobre as boas práticas. Fonte:Seagri / Foto: Seagri