Atleta se destacou nas categorias de base e disputará categoria universitária em 2022
O universo do futebol feminino nos Estados Unidos tem se espantado com uma baiana de 18 anos. Nos últimos três anos, Júlia Boaventura foi um dos principais nomes do “high school”, categoria para atletas que estão no ensino médio. Nesse período, ela sagrou-se tricampeã e foi artilheira em várias competições. Canhota, com físico avantajado e habilidosa, ela já é monitorada por grandes clubes do futebol brasileiro e até pelas seleções brasileira e americana.
“É uma vida inteira dedicada ao amor pelo futebol. Hoje, estudo e jogo, mas o foco sempre foi de tentar de tudo para realizar o sonho de viver profissionalmente desse esporte. Estou muito feliz com as conquistas recentes. Só que agora a missão é me estabelecer na liga universitária. Estou trabalhando muito forte pra isso”, pontua Julia.
Em 2022, ela vai jogar pelo Southern Miss Soccer, time da Universidade de Southern Mississippi, que fica no sudeste dos Estados Unidos. “A ideia é fazer temporadas sempre melhores. Trabalho pesado, diariamente, pra evoluir continuamente”, pontua a atleta que encerrou a passagem pelo time da St. Johns com o título e o posto de artilheira pelo terceiro ano consecutivo. Na última temporada, foram 19 gols e 13 assistências, além do prêmio de melhor jogadora do Estado da Flórida na categoria.
Brasil, EUA ou Europa?
Tamanho destaque no país em que o futebol feminino é referência, tem colocado Júlia Boaventura no centro de muitas especulações. “Já recebemos, sim, contato de clubes do Brasil, outros de lá dos EUA e da Europa, mas nada que tenha avançado, especialmente porque estou focada em seguir desempenhando um bom futebol e seguir meus estudos. Entendo que, na hora certa, as coisas vão acontecer”, destaca.
Ela também não foge ao ser questionada sobre uma possível naturalização. “Sabemos que a naturalização é uma possibilidade de futuro. Mas sou baiana, nordestina e brasileiríssima. Meu sonho é defender a nossa seleção, representar o nosso povo e nossa nação”, crava Júlia Boaventura.
Trajetória
Filha de pai e mãe envolvidos com o esporte desde a juventude, Júlia começou a jogar futebol nos primeiros anos de vida. Na escolinha dos pais, ela deu os primeiros passos no esporte.
A partir dos 10 anos, ela passou a competir e, sempre entre os meninos, ela se destacava com gols, assistências e liderança em campo. Após passar pelo futsal em competições colegiais, recebeu o tão sonhado convite para estudar e jogar nos Estados Unidos.
“A experiência de jogar entre os meninos, com certeza, me garantiu uma bagagem significativa quando fui desafiada em diversas oportunidades. Mas, sei que minha dedicação e força de vontade, em toda essa trajetória fizeram e continuarão fazendo a diferença na minha carreira. Sou muito grata a tudo e a todos que somaram esforços comigo. Posso garantir que muitas coisas boas ainda vão acontecer num futuro muito próximo”, crava a jogadora baiana.