Lucinha também repudia violência de pistoleiros em Itaetê e aponta para ações do MST; “Não vamos recuar”

Membro do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e pré-candidata a deputada estadual, Lucinha Barbosa (PT) reforçou o repúdio contra a violência no campo e cobrou ações para garantir segurança dos acampados em área de fazenda improdutiva no município de Itaetê, na Chapada Diamantina. Atual secretária nacional de Movimentos Populares do PT, Lucinha apontou para as ameaças e agressões contra famílias na Fazenda Dois Rios, ocupada no dia 25 de março. Neste domingo (3), após conversar com representantes do movimento na região chapadeira, a petista apontou que o MST não vai recuar das ocupações na Bahia.

 

“Somente no mês de março foram três ocupações do movimento na Chapada Diamantina e, em todas as ações, algum tipo de violência foi praticada contra os assentados. Isso é inadmissível, a luta por terra no país vai continuar, na Bahia vamos intensificar as ações no mês de abril. Essa violência no campo é fruto da política implementada pelo presidente Bolsonaro em querer armar fazendeiros e diminuir as restrições para posse e porte de arma de fogo. É uma situação de profunda revolta e de covardia desses pistoleiros, uma pessoa ficou ferida e outras assustadas com as ameaças”, considera Lucinha.

 

Na imprensa nacional, o articulador político do MST na Regional da Chapada Diamantina, Abraão Brito, explica que já no primeiro dia de acampamento foram intimidados por dois homens, que se identificaram como seguranças da fazenda. “Não recuamos. Então, na madrugada do dia 29 de março, um pai de família, que é um dos líderes da ocupação, saiu do acampamento, quando dois homens encapuzados, que suspeitamos serem os mesmos do primeiro dia, o agrediram, bateram muito com vários tipos de armas. Em seguida, eles foram na direção do acampamento. As famílias foram para cima e então eles atiraram”, relata Abraão.