Projeção do Ministério da Agricultura indica aumento de 2,4% no faturamento dentro da porteira ante 2021
As projeções da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura indicam que o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) em 2022 deve chegar a R$ 1,243 trilhão, valor 2,4% acima do estimado para a renda dos produtores rurais dentro da porteira em 2021 (R$ 1,214 trilhão). O estudo, realizado com base nas informações de maio sobre preços e estimativas produção, projeta um crescimento de 6,5% no faturamento da produção agrícola, para R$ 880,37 bilhões. O VBP do setor de proteínas animais é estimado em R$ 362,64 bilhões, valor 6,4% inferior ao registrado no ano passado.
Os dados da Secretaria de Política Agrícola mostram que a maior dos produtos analisados apresenta desempenho no faturamento superior ao de 2021. Os destaques são: algodão (aumento real de 45%), banana (14,2%), batata-inglesa (26,7%), café (37,8%), cana-de-açúcar (28,1%), feijão (13,9%), milho (20,4%), tomate (40,3%) e trigo (22,1%). Os produtos em melhor posição são: soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão. Juntos, somam 59,7% do VBP de 2022.
Entre os produtos com baixo desempenho estão arroz (-2,21%) , cacau (-22,6%), laranja (-2,1%), soja (-10%) e uva (-11,5%). “As secas ocorridas neste ano safra afetaram alguns destes produtos, em especial a soja, milho e feijão no Rio Grande do Sul; e o milho, com menor intensidade no Paraná e em Mato Grosso do Sul”, informa nota da secretaria.
Os técnicos do Ministério da Agricultura observam que os resultados da pecuária têm sido impactados pela queda dos preços de bovinos, suínos e frango, porém os indicadores são positivos. “O IBGE registra o melhor resultado do abate de suínos para o primeiro trimestre desde 1997, quando iniciou a série histórica. Note-se ainda na pecuária, que o Mato Grosso lidera o abate de bovinos, com 16,1% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul, 11,3%, e São Paulo, 11%”.
Entre os estados, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás lideram o valor total do VBP, respondem por 63,2% do faturamento no campo. O destaque negativo é a queda de 31% (R$ 39,8 bilhões) na renda dos produtores rurais do Rio Grande do Sul, em função das adversidades climáticas.
Fonte:Revista Globo Rural / Foto: