O pré-candidato a governador, ex-ministro da Cidadania e deputado federal, João Roma (PL), declarou que será o governador que mais dará atenção ao agro que a Bahia já viu. “Se eu for um pouco menos como governador do que eu tenho sido como deputado federal em relação ao agro, nós teremos, sem dúvida, na Bahia o governador que mais dá atenção ao agro que este estado já viu”, declarou João Roma, nesta segunda-feira (13), no encontro “Agro em Pauta”, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), no Comércio, em Salvador.O pré-candidato apoiado pelo presidente da República Jair Bolsonaro também fez uma diferenciação com os pré-candidatos Jerônimo Rodrigues (PT) e ACM Neto (União Brasil). “O estado da Bahia, sem dúvida nenhuma, terá alguém está conectado, que tem inspiração, que tem vocação para o agro. Diferente de um pré-candidato que trabalha contra o setor produtivo, não só do agro, e diferente do outro que não sabe a diferença de um pato para um ganso, que não gosta da atividade rural e que não tem a menor familiaridade e estará de costas também para o setor produtivo. Ambos estão vinculados a práticas antigas”, salientou João Roma. Ele pontuou que manterá diálogo contínuo com o setor, uma das principais carências apontadas pelos produtores em relação ao atual governo estadual.João Roma, que salientou a necessidade de levar conectividade e infraestrutura para o setor, destacou que, sendo eleito governador, não criará somente uma estrutura ou uma secretaria para o agronegócio no estado da Bahia ou para o campo, considerando dos pequenos aos grande produtores. Roma enfatizou que a sua experiência no setor permitirá a adoção de um olhar diferenciado durante sua gestão. “Nós teremos um governador ligado ao agronegócio. Nós teremos um governador que é produtor rural, que é irrigante e sabe onde o calo aperta”, declarou.O presidente do Sistema Faeb/Senar, Humberto Miranda, criticou a divisão que ocorre na atual gestão estadual que põe em secretarias separadas os projetos para a chamada agricultura familiar e para o agronegócio. Roma, ao comentar a ponderação de Miranda, disse que não permitirá a proliferação de narrativas que dividem o setor, e a gestão, e a acabam por demonizar os grandes produtores, mas sem dar condições de crescimento aos pequenos. Ele, inclusive, recusa a pecha de “ruralista”.“Não vamos ser vítimas de narrativas que querem nos destruir. Quando se fala ‘ruralista’ parece que é um cara com chapelão, uma fivelona no cinto, com um boi atrás pra dizer que estão ali os latifundiários. Não. Eu defendo o produtor rural do pequeno ao grande, um setor que faz mover o nosso Brasil”, disse Roma, segundo quem essas narrativas vêm acompanhadas de outras que buscam destruir as virtudes do nosso Brasil, a família, a nossa liberdade e o setor produtivo.Roma disse aos representantes do agro baiano que os conhece não pela atividade parlamentar ou como ex-ministro de Estado, mas pela atividade econômica que exerce. “A minha principal atividade econômica é o agronegócio. Além de produtor, além de pecuarista, sou irrigante e vejo as dificuldades, eu sei o que é fazer conta, eu sei onde é que estar lá perto, sei as dificuldades que a gente vive. Quando eu vejo aqui tantas pessoas conhecidas, não são conhecidas da caminhada política, são reconhecidas de mentes inquietas que querem vibrar com a Bahia”, declarou João Roma, em momento de emoção.Ao citar as dificuldades com infraestrutura, de falta de estradas e até de energia elétrica para realizar ou ampliar os empreendimentos pela Bahia, Roma disse que se emocionou ai visitar uma vinícola em Mucugê, na Chapada Diamantina. “Eu enchi os olhos d’água porque, quando eu cheguei em Mendonça, na Argentina, eu olhei para aquilo, eu disse: ‘meu Deus, por que aqui dá certo e na Bahia não tem?’ Quando eu entrei lá na vinícola em Mucugê eu fiquei emocionado”. O pré-candidato disse que parabenizou os empreendedores pela coragem que tiveram para desenvolver a atividade na Bahia, mesmo sem a infraestrutura necessária.DiálogoO presidente do Sistema Faeb/Senar, Humberto Miranda, que fez a abertura do encontro pontuou a dificuldade de diálogo com a gestão petista. “Se tem uma coisa que nós precisamos ter é diálogo contínuo, aberto, objetivo. Isso falta muito ao setor agropecuário nas políticas públicas do nosso estado hoje”, disse Miranda, que lembrou que o agro é responsável por 27% do PIB, 59% das exportações do estado e mais de 30% dos empregos gerados.Miranda ainda destacou que não é possível cuidar do setor no estado com secretários encastelados nas secretaria em Salvador, para onde muitas vezes produtores precisam se deslocar para tentar receber migalhas quando as questões poderiam ser resolvidas por técnicos nas regiões da Bahia. Sobre a Secretaria da Agricultura, Humberto Miranda destacou: “falta gente, falta carro, falta combustível, falta espaço físico e não há descentralização”.O pré-candidato João Roma, ao ouvir as demandas do setor, garantiu que fará no governo estadual a mesma revolução que os produtores estão vendo nas estruturas federais que proporcionam mais infraestrutura para o setor, como a duplicação das rodovias federais, a conclusão de Ferrovia Oeste Leste, que permitirá o escoamento da produção baiana via Porto de Ilhéus, além da conectividade que chegará com a tecnologia 5G, que permitirá conectividade que melhorará tanto a segurança de quem produz quanto a possibilidade de aprendizado de novas técnicas para o desenvolvimento do agronegócio. |