O presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valadares, afirmou que diferentemente do que muitos pré-candidatos tentam negar, o cenário de polarização da eleição nacional terá grande impacto na Bahia. A declaração foi dada em entrevista à Rádio Salvador FM nesta quinta-feira, 30. Para o presidente do PT, a população baiana reconhece os grandes problemas causados pela gestão de Jair Bolsonaro, como a alta do desemprego, a carestia, a volta da fome, a crise econômica, e saberá diferenciar quem são os apoiadores declarados ou não do presidente da república no estado.
“A Bahia tem mostrado que tem lado, que tem opinião, que tem coração, e nós esperamos reeditar a votação que tivemos nos últimos anos no estado. Estamos na semana do dois de Julho, que é quando aconteceu a verdadeira independência do nosso país, aqui é que o povo baiano demonstrou toda sua força e toda sua coragem. Então a Bahia não vai se furtar desse debate nacional, não vai estar alheia a essa encruzilhada em que o Brasil se encontra e nós do PT Bahia com a eleição de Jerônimo Rodrigues esperamos dar uma grande contribuição para reconstrução do nosso país em outubro”, afirmou o dirigente estadual.
Sobre a influência das eleições nacionais no estado, Éden exemplificou que todas as vezes que os candidatos do PT à presidência da república tiveram mais de 60% dos votos no estado, o candidato ao Governo do Partido venceu as eleições e elencou ainda elencou os diversos avanços realizados nos últimos 16 anos pelas gestões petistas. “Temos muito serviço prestado, muita notícia boa trazendo para o povo da Bahia e nós entendemos que há uma Bahia antes e uma Bahia agora com os governos do PT e dos nossos aliados. Vamos apresentar isso, com orgulho, as policlínicas, 16 mil km de estrada, os 20 novos hospitais, os investimentos de educação”.
O presidente estadual afirmou ainda que esses avanços que a Bahia teve ao longo desses anos com os governos de Jaques Wagner e Costa aRui têm muito a ver com os avanços que o PT construiu no Brasil, muito diferente de Bolsonaro, que em quase quatro anos de governo causou inúmeras crises no país e perseguiu o estado com corte de verbas, com aval dos seus aliados na Bahia. O ex-ministro parece ter mais coragem de admitir que é aliado do presidente enquanto o ex-prefeito insiste em tentar negar que não só votou como apoiou o presidente. Então João Roma parece se comportar como marido e ACM Neto como amantes nesse caso. Se do lado de lá um é mais, o outro é menos Bolsonaro, o fato é que os dois são contra lula”, disse Éden.