Exposição que mostra áreas de Salvador inundadas pelo aumento do nível do mar ganha casa nova
A partir desta quarta-feira (6), a exposição Salvador 2100 vai estar de casa nova. Após um mês de sucesso no Salvador Norte Shopping, será a vez do Salvador Shopping, considerado o maior centro de compras do estado, receber a mostra que traz imagens de vários pontos turísticos da capital baiana invadidos ou submersos pela água do mar, de acordo com cenário previsto pela agência Climate Central para daqui a 78 anos.
A exibição é organizada pela Comissão Especial de Emergência Climática e Inovação da Câmara Municipal de Salvador junto às redes internacionais C40, Fundação Konrad Adenauer, GIZ, ICLEI e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A exposição é gratuita e vai estar localizada no piso L1 do Salvador Shopping, próximo à loja da Vivo.
“Estamos muito felizes com a repercussão que a exposição teve até então. Milhares de pessoas foram conferir e puderam ser alertadas do cenário de emergência climática que já vivemos e tende a ser agravado nos próximos anos, caso não façamos nada para mudar isso. Estamos ansiosos para essa nova etapa no Salvador Shopping, que nos vai permitir alcançar e conscientizar mais pessoas”, considera o presidente da comissão, vereador André Fraga (PV).
A mostra tem fotos aéreas de 15 locais de Salvador seguidas de projeções de como esses espaços ficarão com o aumento do nível do mar. Entre os locais retratados estão pontos turísticos famosos como o Porto da Barra, Mercado Modelo, Ilha dos Frades e até trecho do Sistema Ferroviário do Subúrbio de Salvador, desativado para a construção do VLT do Subúrbio.
As projeções foram feitas considerando uma elevação do nível do mar de 55 centímetros em 2100, o que vai ocorrer caso a temperatura média do planeta aumente em 1,5ºC, de acordo com Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (IPCC).
“Essa é uma previsão até otimista, pois caso o planeta fique 3ºC mais quente, o aumento do nível do mar vai ser de mais de 1 metro, ocasionando muitas outras perdas para a cidade”, explica a arquiteta e curadora da exposição, Manuela Accioly.
Foto: Bruno Concha