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Vereadora do PT criticou gasto de R$ 5,2 milhões para iluminação natalina e usou os dados da Lei Orçamentária Anual do próximo ano, apresentada pelo prefeito: R$ 39 milhões para publicidade e R$ 10,6 milhões para defesa civil
Líder do PT na Câmara Municipal de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues criticou, nesta quarta-feira (27), durante sessão na Casa, a falta de prioridades da prefeitura em relação aos gastos na capital baiana. Segundo a vereadora, a chuva incessante que assolou a cidade desde a última segunda-feira comprovou que não há um planejamento adequado para evitar os transtornos que são recorrentes todos os anos.
Para ela, há gastos excessivos do dinheiro público com festas e decorações, a exemplo da iluminação natalina, que custou R$ 5,2 milhões este ano, em detrimento das reais necessidades da capital. “De 2014 para cá, já foram gastos 23,7 milhões com iluminação de Natal. Tudo bem que o Natal é uma data comemorativa importante, mas será que Salvador não tem outras prioridades, como preparar a cidade para as chuvas?”, criticou.
A vereadora lembrou, ainda, que a Lei Orçamentária Anual, em tramitação na Câmara, prevê R$ 50.740.00 milhões para Eventos e Festas, R$ 39.020.000 milhões para publicidade institucional e apenas R$ 10.661.000 milhões para a Defesa Civil.
“O prefeito chama uma coletiva de imprensa para falar que nunca choveu tanto em Salvador, como se isso justificasse a falta de planejamento. Esse temporal já estava previsto na cidade, conforme o instituto de metereologia, mas ainda assim nada foi feito”, destacou.
Quarta maior capital do país, Salvador ainda não tem um Plano Municipal de Saneamento Básico e o Plano Diretor de Encostas continua desatualizado há 15 anos, conforme atesta a vereadora do PT. “Todo ano Salvador derrete com as chuvas. São os mesmos problemas e as mesmas desculpas. Mas a verdade é que o prefeito não investe no que deveria.
Até hoje não existe um Plano Municipal de Saneamento Básico, tampouco de micro e macro drenagem urbana. Desde 2004 o Plano Diretor de Encostas continua sem atualização. São diversas as carências da capital baiana|”, disse.
De acordo com Marta, o contrato de iluminação natalina está vigente desde 2014, com as empresas Citelum e 2MS Eng, desde então a R$ 3,5 milhões por ano. Até 2017, foram gastos 14 milhões nos quatro anos de vigência. “O contrato com essas empresas se encerrou em 2017, e uma nova licitação, feita em 2018, se gastou R$, 4,5 milhões. Somando tudo isso, dá R$ 23,7 milhões para iluminar a cidade só no período do Natal”, ressaltou.