Em primeira viagem à China no seu novo mandato, Lula contará com a companhia de Jerônimo, Rui e Wagner compondo a comitiva presidencial de 200 pessoas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarca na China no próximo dia 26 para uma agenda de cinco dias no país com uma comitiva com mais de 200 pessoas dentre empresários, ministros, parlamentares que fazem parte da cúpula do Congresso e governadores. Entre os que acompanham Lula estão o governador Jerônimo Rodrigues (PT), o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e o senador Jaques Wagner, a tríade petista que tem comandado os destinos da Bahia há mais de 16 anos.

O tamanho da comitiva oficial do petista se justifica pelo fato de a China, desde 2009, ser a principal parceira comercial do Brasil. Além do mais, em 2022, os chineses tiveram um superávit de US$ 61,8 bilhões. O governo brasileiro tem interesse em ampliar as exportações de carne ao país e vender, através da Embraer, vender a linhas aéreas chinesas seu mais novo avião comercial, um jato de médio porte 190 E2.

Quanto ao empresariado, estarão na comitiva oficial representantes de 140 setores da economia brasileira. Quem ficou a cargo de selecionar parte de quais grupos estariam na viagem foi o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), a quem Lula perguntou quais setores seriam mais relevantes para a visita a China.

Uma das principais pautas a ser discutida entre a comitiva brasileira e o governo e empresários da China é a aquisição da fábrica da Ford em Camaçari, que já estaria em estágio bem avançado de negociação, com a BYD retomando os trabalhos no local para a produção de veículos ainda neste ano.

Segundo Jerônimo, a sua pauta no país asiático deverá se estender para além da passagem do presidente Lula, para negociar outros projetos importantes como, por exemplo, a ponte Salvador-Itaparica.