O estado saiu de 3 parques, em 2012, para 233 em 2022
O programa de instalação de parques eólicos na Bahia começou, em 2012, quando o senador Otto Alencar (PSD), candidato à reeleição, esteve à frente da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra). Naquele ano foram instalados os primeiros equipamentos, nos municípios de Seabra, Brotas de Macaúbas e Novo Horizonte. Em 2022 já são 233 parques em operação, e mais 78 em construção.
“Iniciamos esse trabalho na Seinfra, e hoje constatamos que fizemos a coisa certa, pois a Bahia é líder nacional na geração de energia de matriz eólica. Além de produzir uma energia limpa, o que é importantíssimo para o nosso meio ambiente, os parques eólicos também trazem uma questão social, pois pagam um valor por torre aos proprietários de terras onde são instaladas”, explicou Otto.
Só no distrito de Morrinhos, em Guanambi, onde está instalada a maior concentração de torres dos parques do Alto Sertão I, II e III (alcançam ainda os municípios de Caetité, Igaporã, Pindaí e Licínio de Almeida), são aproximadamente 270 equipamentos, gerando uma renda de R$1 mil a R$1.212 (um salário mínimo) por torre instalada pela Renova Energia às famílias proprietárias das áreas.
“Um reforço importante à economia local”, argumentou o senador Otto Alencar, lembrando que atraiu para a Bahia também fábricas de aerogeradores, de torres e outros equipamentos das turbinas eólicas, impulsionando toda uma cadeia produtiva.
No Senado Federal, Otto garante que vai continuar lutando para trazer mais recursos para que outros parques eólicos, e também solares, se instalem na Bahia. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), a produção de energia de matriz eólica está distribuída em 22 municípios baianos: Bonito, Brotas de Macaúbas, Brumado, Caetité, Cafarnaum, Campo Formoso, Casa Nova, Gentio do Ouro, Guanambi, Igaporã, Iraquara, Licínio de Almeida, Morro do Chapéu, Mulungu do Morro, Ourolândia, Pindaí, Sento Sé, Sobradinho, Souto Soares, Umburanas, Várzea Nova e Xique-Xique.
*Emprego e renda*
“Além da implantação dos parques, que geraram emprego e renda no processo de construção, tem também o aluguel e a concessão dos parques para as pessoas que cederam as áreas, principalmente pequenos produtores”, detalhou o comunicador José Carlos Costa, o Latinha, de Guanambi.
Para o agricultor familiar Orlindo Monteiro, do distrito de Morrinhos, em Guanambi, a instalação das torres eólicas na localidade melhorou bastante a vida da comunidade. “Porque gerou emprego e renda. Minha mãe mesmo, que tem 95 anos, pegou cinco torres na terra dela. E se não fosse essa renda, ela estaria passando por dificuldades. Graças a Deus as torres dão uma boa renda para ela hoje”, declarou Monteiro.