O pré-candidato a governador ACM Neto (União Brasil) afirmou nesta terça-feira (22) que é preciso diálogo entre os governos federal e estadual e o Congresso Nacional para buscar uma solução para conter a alta dos combustíveis no país. Em entrevista à rádio Sociedade, ele disse ainda que a Bahia tem uma das maiores alíquotas do ICMS sobre combustíveis do país.
Na entrevista, Neto também falou sobre o diálogo em torno do posto de vice em sua chapa, afirmou que seu foco é na Bahia, voltou a destacar que irá governar com qualquer presidente que seja eleito, criticou a ofensiva do governo sobre prefeitos do PP e ressaltou que pretende visitar 40 cidades por mês a partir de abril, completando 200 municípios até o início da campanha.
“O que eu vejo no Brasil é a falta de diálogo (em torno do preço dos combustíveis). É o governo federal querendo jogar o problema no colo dos governadores e os governadores querendo jogar no colo do governo federal. E aí fica essa guerra e essa disputa de narrativa, e nós estamos pagando R$ 8 (por litro de gasolina). O caminho é sentar à mesa governadores, governo federal e Congresso e cada um vai ter que dar um pouquinho da sua parcela de renúncia”, disse.
“Se todo mundo abrir mão, estados e governo federal, se cada um der a sua contribuição, a gente consegue conter essa alta absurda no preço dos combustíveis. Agora, não pode ser esse jogo de empurra”, completou, destacando ainda sobre o ICMS da Bahia sobre combustíveis: “Em relação à tributação, basta comparar com outros estados do Brasil que você vai ver que a Bahia tem uma mais elevadas do país”.
*Definições de vice*
Sobre o posto de vice, Neto disse não ter pressa e que a prioridade no momento são as definições em torno da janela partidária. Em tese, o nome de vice pode ser apresentado até o período das convenções, entre o final de julho e início de agosto. Questionado sobre diversos nomes, ele falou sobre o ex-prefeito de Feira de Santana Zé Ronaldo (União Brasil), o prefeito de Mata de São João, João Gualberto (PSDB) e os deputados federais Marcelo Nilo (sem partido), Félix Mendonça Jr. (PDT) e Marcio Marinho (Republicanos).
Questionado sobre a disputa pelo Palácio do Planalto, ACM Neto voltou a frisar que seu foco está na Bahia. “Eu não enxergo nenhum postulante ao Palácio do Planalto como adversário. Sou candidato ao governo da Bahia. Caso seja eleito, vou governar com qualquer presidente que o Brasil venha a escolher”, disse.
ACM Neto criticou a ofensiva do governo sobre prefeitos do PP e disse ter sido procurado por gestores municipais do interior de diversos partidos, inclusive de PT e PSD. “O que o governo do estado está fazendo é isso (perseguição). Está ameaçando os prefeitos”, disse. “Sempre trabalhei deixando a política de lado e preservando as minhas obrigações institucionais”, complementou.
“Nós já temos o apoio declarado de 140 prefeitos da Bahia. Quando é que uma candidatura de oposição teve essa largada? Nunca. Nas maiores cidades, nós temos mais da metade ao nosso lado. É um feito extraordinário”, ressaltou.
Passado o período de definição da janela partidária, Neto informou que pretende intensificar as viagens ao interior e pretende visitar ao menos 40 municípios por mês a partir de abril. A ideia é visitar 200 cidades até o início da campanha. “No início de abril começamos de novo a maratona”, frisou.