Adab avalia ações em conjunto para combater mosca-das-frutas no Vale do São Francisco

A construção de uma agenda positiva para o combate à mosca-das-frutas foi o tema do encontro entre a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Ministério da Agricultura (Mapa), Secretaria da Agricultura do Estado (Seagri) e Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), no final da tarde de ontem (04) em Juazeiro. O Vale do São Francisco é um dos maiores polos produtores de frutas do Brasil e a mosca-das-frutas é uma praga que causa grandes prejuízos à fruticultura. O encontro contou com a presença do Secretário Nacional de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal e do Diretor de Sanidade Vegetal do Mapa, Carlos Goulart.

Com uma produção de 40 milhões de toneladas, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, mas, somente 3% desse total são exportados. A Bahia responde por mais de 30% do volume nacional, tendo a manga como principal item, representando, aproximadamente, 90% das exportações do país. Vale ressaltar que as exportações de frutas renderam, nesse primeiro semestre de 2021, cerca de US$ 440,1 milhões, 40% a mais do que em 2020, e a maior parte delas, cultivadas no Vale do São Francisco.

Presente ao evento, o Secretário da Agricultura, João Carlos Oliveira, pontuou que é necessário o estabelecimento de ações coletivas em prol de todos, sobretudo com relação ao combate à mosca-das-frutas. “Temos equipes que já trabalham em projetos de assistência técnica para atender, principalmente, o pequeno e médio agricultor”, ressaltou. 

Acompanhando o secretário, o diretor geral da Adab, Oziel Oliveira, destacou a importância das atividades de segurança agropecuária para promoção da qualidade na fruticultura baiana. “Um dos requisitos para ingressar em alguns mercados importadores é o reconhecimento da Área Livre da Mosca das Frutas”, apontou. “E muitas vezes, ações simples de educação sanitária como manutenção de áreas plantadas limpas e realização de controle populacional por meio de armadilhas ajudam no controle de pragas como essas”, avaliou Oziel Oliveira, destacando que, para o sucesso das ações é fundamental a mobilização de todo o segmento para que as pessoas entendam os danos econômicos causados pela mosca-das-frutas.

Diante desse cenário a integração com o setor produtivo é peça chave para o sucesso das ações. Por isso, a Abrafrutas tem se movimentado para unir ainda mais os elos da cadeia da fruticultura. “Nossa finalidade é apoiar os exportadores brasileiros na busca por ampliação dos negócios, oportunizar abertura de novos mercados, promovendo o reconhecimento e a diferenciação das frutas brasileiras além de estimular o aumento no consumo de frutas. E, para isso, queremos contar com o apoio do Governo ”, finalizou o presidente da entidade, Guilherme Coelho.

Foto: Div./Ascom SEAGRI