ADAB monitora aves migratórias para evitar surto no plantel avícola baiano

Para evitar a disseminação de duas enfermidades que atingem os plantéis avícolas, a ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) tem investido na vigilância sanitária dos pólos de criação e locais de pouso das aves migratórias além de exames de sorologia para detecção dos vírus, como formas de proteção dos criatórios baianos. Apenas neste ano, o governo do Japão decidiu pelo sacrifício de 3 milhões de aves para impedir a disseminação da gripe aviária, já apontado como o pior surto desta enfermidade até aqui.

“A Influenza Aviária (IA) e a Doença de Newcastle (DNC) são
as mais temidas enfermidades pelos produtores avícolas, por isso, estamos em alerta realizando todos as ações preventivas para proteger nosso plantel”, afirma o diretor-geral da ADAB, Maurício Bacelar.

Autoridades internacionais de sanidade animal consideram a IA e DNC como enfermidades transfronteiriças, ou seja, sem limites geográficos. “As aves silvestres migratórias assumem importante papel epidemiológico na difusão dos vírus entre os continentes, tornando o monitoramento anual destas aves uma das principais formas de vigilância ativa para uma possível detecção precoce em nosso território”, ressalta o diretor de Defesa de Sanidade Animal, Carlos Augusto Spínola.

Em 2020, a ADAB realizou o acompanhamento sorológico para detecção de atividade viral para IA e DNC nos sítios de pouso de aves migratórias localizados nos municípios de Nova Viçosa (Coroa Vermelha), Vera Cruz ( Cacha Pregos) e Jandaíra ( Mangue Seco ). O objetivo principal é monitorar, em um raio de 10 km, os criatórios de aves de subsistência situados no entorno destes sítios.

As equipes da ADAB atuaram na identificação das propriedades, cadastramento, geolocalização, além de atividades educativas. No total, foram monitoradas 42 propriedades, com a colheita de mais de 400 amostras para a realização de testes de diagnóstico no LADESA (Laboratório Estadual de Defesa Sanitária). Após a triagem, as amostras foram encaminhadas ao LFDA (Laboratório de Referência Internacional do Ministério da Agricultura), situado no município paulista de Campinas.