ADAB monitora o campo para evitar proliferação da ferrugem asiática da soja

Detectada mais uma vez em 2021 no início do calendário de plantação da soja, antes mesmo do período da colheita na região oeste da Bahia, a ferrugem asiática, a mais importante praga que ataca aa lavouras da oleaginosa, deixou em alerta os sojicultores baianos, uma vez que o fungo é responsável por incalculáveis prejuízos no campo.

A ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) dispara o sinal vermelho para que eventuais novas ocorrências não comprometam a safra 2020-2021, com expectativa de recorde histórico na produção, algo em torno de 6,4 milhões de toneladas, segundo dados do IBGE.

A expectativa favorável envolve o monitoramento contínuo da ADAB que fiscaliza o cumprimento do calendário do vazio sanitário (entre junho e setembro) com o objetivo de quebrar o ciclo da praga, período estabelecido em Portaria estadual embasada em criteŕios científicos que define as temporadas específicas de plantio, colheita e vazio, esta última para que o terreno esteja livre de plantas vivas, evitando que o Phakopsora pachyrhizi sobreviva e se reproduza.

“A soja responde com um VBP (Valor Bruto de Produção) de mais de R$10 bilhões anuais, alavancando a economia do estado, gerando empregos e renda para os baianos, por isso, temos nos empenhado cada vez mais para que as lavouras estejam sadias. Caso o fungo se instale, a lavoura é afetada  de tal forma que, mesmo com a utilização do controle químico, nem sempre se torna possível reverter os estragos”, relata o diretor-geral da ADAB, Maurício Bacelar.

A presença da ferrugem é endêmica na região, ou seja, surge em todas as temporadas e apenas a prevenção criteriosa poderá conservar as plantações livres da praga. “Os sojicultores deverão informar à equipe da ADAB para a adoção das devidas providências assim que forem detectados focos em propriedades. Nós estamos em campo monitorando as ocorrẽncias, também com a colaboração da AIBA (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia) para o correto manejo sanitário, orientando a convivência dos produtores com o fungo para reduzir despesas e utilização de defensivos agrícolas nas plantações”, explica Maurício.