Agricultores e agricultoras familiares, por toda a Bahia, atendidos pelo serviço de assistência técnica e extensão rural (Ater) do Governo do Estado, estão recebendo a visita de dirigentes e técnicos da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). São as Caravanas de Ater que, a partir dessa segunda-feira (11/4), encontra-se em Paulo Afonso, para a realização de atividades junto a famílias agricultoras do território de identidade Itaparica.
O primeiro momento foi marcado pela visita aos agricultores da Associação do Desenvolvimento de Pequenos Produtores Rurais do Sítio do Lúcio, no povoado de Riacho. No local foi implantado um sistema de horticultura, com investimento de R$ 63 mil, aplicados na construção de estufas equipadas e Ater qualificada.
O agricultor José Ailton dos Santos falou da importância da assistência técnica para o melhoramento da produção e comemora a ampliação da renda. “Antes, eu plantava a palma de forma errada, em relação ao sol, eu plantava o inverso do que era o correto. Eu também colocava fogo para limpar os pastos e fazer o nosso roçado, mas hoje, através da Ater, a gente transforma essa matéria orgânica em adubo rico. Em relação à renda, melhorou muito. Em tudo quanto é lugar, a gente comercializa. Se eu hoje plantar 100 pés de coentro, eu consigo vender todos”.
Sobre a comercialização, Daniel dos Santos, técnico da prestadora da Assessoria e Gestão em Estudos da Natureza, Desenvolvimento Humano e Agroecologia (Agendha), contratada para realizar a assistência técnica no local, comenta que a contribuição ultrapassa as práticas agroecológicas como na questão das palmas. “O nosso apoio fortaleceu a Associação a criar grupos para comercializar, seja por meio do WhatsApp, seja em feiras livres e na feira agroecológica”.
Criação conjunta
Presente às atividades, o superintendente da Bahiater, Lanns Almeida, celebrou esse novo movimento das caravanas. “É um momento muito importante para a nossa gestão, o de estar visitando o agricultor e a agricultora, entrando na casa deles e vendo as experiências. É um momento de construção conjunta nesse território tão pujante como é o Itaparica, com tanto comprometimento entre a SDR, seus parceiros e os agricultores e agricultoras”.
A técnica e uma das fundadoras da Agendha, Edvalda Aroucha, parabenizou a caravana, que segue até quinta-feira (14/4). “Esse encontro é muito importante para aproximar o Estado do agricultor, da agricultora e perceber o resultado do que vem sendo investido. Ver o agricultor produzindo, ver a segurança alimentar e ver a geração de renda. Tem mulher que chega a tirar R$ 500 no seu canteiro e isso, para agricultura familiar, é muito importante, porque gera o empoderamento dela e a sua autonomia”.