A Assembleia Legislativa autorizou, nesta segunda-feira (27), a venda do terreno Colégio Estadual Odorico Tavares, localizado no corredor da Vitória, em Salvador. O assunto, cercado de grande polêmico e alvo de diversos protestos da sociedade civil, foi debatido pelos deputados ao longo do dia. O projeto foi aprovado com 31 votos a favor e 12 contrários.
De acordo com o líder do governo, deputado Rosemberg Pinto (PT), também relator da matéria, a matéria é positiva, pois vai gerar recursos a serem investidos na própria educação: “É um projeto do qual a bancada de governo vai se orgulhar de aprovar, pois vai garantir e propiciar a melhoria das escolas”. Rosemberg ressaltou ainda que “o produto financeiro da alienação será aplicado no fomento da infraestrutura da rede pública de ensino do Estado da Bahia, voltado para ampliação e melhoramento da rede física escolar, reforçando o compromisso do Estado com a educação de qualidade”.
O único voto contrário da bancada do governo foi da deputada Olívia Santana (PCdoB). A oposição, por sua vez, votou contra e criticou a iniciativa de fechar a escola. Para Hilton Coelho (Psol), por exemplo, “a medida é a ponta de um processo de privatização do ensino público, assim como vem ocorrendo, segundo ele, no setor de saúde”.
O líder da oposição, deputado Targino Machado (DEM), definiu o projeto como “um crime que está sendo perpetrado contra a educação. O estado ganha quando se constroem escolas e não penitenciárias”, definiu, considerando que seus próprios filhos estão bem situados por que tiveram oportunidades, “uma educação melhor do que outros”.
O governador da Bahia, Rui Costa, havia pedido urgência na apreciação da matéria.