Para ampliar o acesso dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) a consultas e exames especializados, no intuito de oferecer resolutividade aos tratamentos na rede pública, a vice-prefeita e secretária municipal da Saúde de Salvador (SMS), Ana Paula Matos defende a união do poder público com universidades, instituições privadas e sociedade civil para formar profissionais que prestarão acolhimento aos pacientes SUS. O posicionamento da titular da pasta da capital baiana ocorreu neste sábado (13), durante a Conferência Trabalhista da Saúde (CTS), promovida pela Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP), por meio da Secretaria Nacional dos Núcleos de Base. O evento é uma modalidade livre da 17ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), que acontece de 2 a 5 de julho, sob o tema “Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia – Amanhã vai ser outro dia”.
“Na prática da Saúde pude observar a dificuldade de atrair profissionais para as áreas, por exemplo, de pediatria, ginecologia e psiquiatria. Em algum momento houve uma parada da formação desses profissionais, por isso, como solução, mantemos o relacionamento próximo com as universidades e preparamos também a criação de uma escola de saúde, para entender onde estão esses profissionais e formar”, explica Ana Paula.
A secretária disse ainda que o investimento em residências e políticas integradas de cofinanciamento são medidas exitosas para atrair esses trabalhadores. “Depois de dois anos conseguimos o cofinanciamento de 70 equipes de saúde bucal, 80 de saúde da família e 60 agentes de endemias para integrar a nossa rede atenção à saúde da população”.
*Mais cuidados com a rede materno infantil*
Outro ponto discutido pela titular da SMS durante a Conferência é a intensificação de observância para um melhor desenvolvimento infantil através dos cuidados com a rede de assistência materna. “Tenho algumas metas a atingir durante minha gestão que é aumentar a realização do teste do pezinho em até cinco dias. Aqui em Salvador, 99% das mamães realizam esse exame fundamental para detecção de inúmeros agravos nos bebês em até 30 dias. Principalmente aquela mulher que teve o parto normal e logo é liberada da maternidade se ocupa com as demais atividades em ser mulher, dona de casa, muitas provedora da família e não consegue ter acesso com tanta brevidade ao exame”.
Ana Paula comentou ainda sobre a possibilidade da Prefeitura conceder uma bolsa as puérperas durante os primeiros 45 dias de vida do bebê para que a atenção à saúde do recém-nascido seja prioridade. “Se melhoramos o índice de assistência desse bebê nos primeiros dias de vida, conseguimos melhorar os indicadores de mortalidade infantil, por exemplo. Durante a gestação já temos o Programa Mãe Salvador que doa o valor do transporte para as grávidas em vulnerabilidade, no intuito de conceder um real acesso completo as consultas pre-natais, fundamentais para o desenvolvimento pleno da criança”.