Vereador comentou que ciclistas foram pegos de surpresa e quase arrastados pelos dejetos
O Parque de Pituaçu foi invadido por uma tromba de esgoto e o caso foi tema de denúncia feita pelo vereador André Fraga (PV), na sessão ordinária de terça-feira (8), no Plenário Cosme de Farias. O vereador diz que, segundo relato dos ciclistas que presenciaram o fato na manhã de domingo (6), parte da ciclovia do parque foi tomada por um volume considerável de dejetos. A força do esgoto chegou a arrastar idosos que faziam trilha e precisaram de ajuda.
“Neste final de semana, fomos surpreendidos com uma cena chocante: uma espécie de tromba de esgoto no Parque de Pituaçu, que é um local que deveria ser protegido e conservado. Eu falei sobre o parque diversas vezes no ano passado, mas dessa vez foi pior. Teve gente que precisou ser resgatada do meio do esgoto porque quase morria afogada”, lamenta o vereador.
Em vídeos que circulam nas redes sociais, ciclistas também denunciaram o acontecimento. “Olha aqui o que foi que o rio do Inema fez com a gente. Como é que passa aqui agora? Já voltaram uns 50 do lado de lá. São dejetos da Paralela em peso jogados dentro da lagoa. Como é que pode?”, questiona o rapaz que gravou o vídeo. Por causa da tromba de esgoto, a trilha não pôde ser concluída e a passagem ficou obstruída.
Requalificação
“E assim, mais uma vez, a gente deixa o questionamento para o Governo do Estado. Diversos ciclistas já fizeram denúncia, já pediram informação, mas não temos retorno. Quando é que vai ter a reforma e requalificação do parque? Quando a Embasa vai resolver o problema do esgoto? E quando vamos curtir com segurança e qualidade um dos parques mais importantes da cidade de Salvador?”, cobrou Fraga.
Além de problemas ambientais como este, Fraga diz que o Parque de Pituaçu coleciona uma série de polêmicas, como esculturas de Mário Cravo enferrujadas e caindo aos pedaços, ciclovias esburacadas e abandonadas e falta de segurança e de infraestrutura. Fraga comenta que, usando a pandemia como justificativa, o parque chegou a ficar fechado por um ano e oito meses, reabrindo somente em outubro de 2021, após diversos protestos de ciclistas e moradores e a cobrança do vereador.