Ao lado de Lula e Alckmin, Valmir defende auxílio permanente de R$600 para o trabalhador

Auxílio permanente de R$600 para as famílias brasileiras enfrentarem os efeitos econômicos gerados pela pandemia e pelo desastre do governo Bolsonaro. A sugestão é do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), que considera a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 15) como “eleitoreira”. Ele defende que o programa de transferência de renda ‘Bolsa Família’ modificado por Bolsonaro para ‘Auxílio Brasil’ foi criado pelo Partido dos Trabalhadores e que o valor deve ser fixo. A posição de Valmir foi fundamentada ao lado dos pré-candidatos à presidência e vice, Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), respectivamente, durante encontro em Brasília, nesta semana.

Na reunião, que dá seguimento ao processo de pré-campanha para o pleito de outubro, Valmir foi enfático e tratou de esgotar o debate sobre o caso. “Defendemos que o auxílio seja permanente para ajudar as famílias mais pobres. Essa ‘PEC 15’ é eleitoreira, mais uma afronta do governo Bolsonaro à inteligência do povo brasileiro. Bolsonaro quer o aumento do auxílio apenas até o final do ano, ou seja, apenas para o período eleitoral”, dispara o petista. Assunção ainda apontou que o “criador do Bolsa Família é Lula” e que o governo Bolsonaro quer que o povo receba o valor de R$600 até o final do ano e depois da eleição “as famílias ficam na mão”.

Em entrevista ao Correio Braziliense, no início da semana, o pré-candidato à presidência pelo PT também reforçou que o ‘pacote de bondades’ vale apenas até o dia 31 de dezembro de 2022. Depois disso, o povo teria que confiar na palavra de Bolsonaro. “O PT queria que o auxílio fosse de R$600 já em 2020. Bolsonaro criou uma série de benefícios em período eleitoral que duram até dezembro. Depois disso, vale a palavra do Bolsonaro. E que não vale nada, como o mundo sabe, porque todo mundo sabe que ele é um mentiroso”, afirmou Lula. De acordo com a PEC 15, que ainda está em votação na Câmara, a previsão é que a proposta permita ao governo Bolsonaro gastar mais de R$41,2 bilhões até o final do ano.

Valmir já tinha subido no plenário da Câmara para falar da situação e enfatizou que existe uma saída para o debate. “Querem construir uma narrativa para o povo pobre votar em Bolsonaro. Esses bolsonaristas estão desesperados e dizem que estão preocupados com o povo pobre, mas o auxílio é só até o final do ano. Tenta criar meios de entrar no debate para tentar enganar o povo. Se querem ajudar o povo coloca o orçamento secreto para investir nesse pagamento permanente. Mas não vão fazer isso! Não vão fazer porque os deputados bolsonaristas acham que assim conseguem levar Bolsonaro por segundo turno, mas não adianta, o povo já escolheu e é Lula”, completa Valmir.