O vereador e ex-secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Claudio Tinoco (Democratas), lamentou nesta segunda-feira (31) o caso do turista carioca Kadu Pacheco que reclamou da abordagem de ambulantes no Farol da Barra. Ele lembrou do Projeto de Indicação 283/2021 sugerido por ele que pede a regulamentação dos pintores tribais na capital baiana e pediu a ordenação da atividade pela Prefeitura de Salvador.
Kadu, turista do Rio de Janeiro, viralizou na internet após contar sobre o que ele chamou de “leves extorsões”. Ele teria sido assediado e “forçado” a gastar R$119 em pinturas tribais, fitinhas do Senhor do Bonfim e um colar com berimbau.
“A situação que Kadu enfrentou não é única. Muitos turistas vêm para Salvador e relatam o infortúnio de serem abordados por pintores tribais e ambulantes que simplesmente fazem o serviço sem nem mesmo perguntar antes se a pessoa quer. Fizemos um Projeto de Indicação na Câmara sugerindo a regulamentação da atividade de pintor tribal para que a situação seja controlada na cidade. O mesmo pode acontecer com as outras atividades relacionadas ao receptivo”, defendeu Tinoco.
Em maio de 2021, o projeto sugeriu a ordenação da atividade pela Prefeitura de Salvador. “Há, ainda, dúvidas sobre as especificações dos materiais usados, inclusive em relação aos aspectos sanitários, e relatos de pintores tribais que não são respeitosos com as pessoas, inclusive com outros depoimentos de assédio por cobranças exageradas pelas pinturas. Dessa forma, a regulamentação pela Prefeitura de Salvador traria maior segurança aos turistas e moradores da cidade”, defendeu o vereador.
Tinoco lembra que a atividade de pintor tribal não é licenciada e isso dificulta a fiscalização. A regulamentação deve definir os pontos de atuação de cada um, credenciá-los, padronizar a identificação, especificar o tipo de material a ser usado e regular o valor do serviço.
“Sabemos que o comércio ambulante existe em praticamente todas as cidades turísticas do mundo e não seria diferente em Salvador, cidade que tem no Turismo uma grande oportunidade de trabalho e geração de renda. Porém, não podemos aceitar que a imagem de bem receber dos baianos seja perdida para o assédio e verdadeira extorsão de alguns aproveitadores. Dessa forma, é melhor proibir essa atividade nas ruas da cidade”.