Após a fracassada tentativa de criar a Aliança pelo Brasil e negativas de algumas siglas, o presidente Jair Bolsonaro fechou com o Patriota. O anúncio foi feito por pelo senador Flávio Bolsonaro, que discursou na manhã desta segunda-feira (31) na convenção do partido já como filiado.
No fim de 2017, Bolsonaro chegou a assinar a ficha de filiação ao Patriota, mas acabou selando uma aliança com o PSL, partido pelo qual seria eleito presidente da República no ano seguinte.
Bolsonaro teve como interlocutor nessas negociações, além de Flávio, o ex-ministro do TSE e um de seus advogados Admar Gonzaga.
Adilson Barroso, presidente nacional da sigla e principal entusiasta da filiação do presidente da República, disse mais cedo, na convenção, estar pronto “para rebater qualquer coisa que vier contra nós” e negou que esteja fazendo “negociata”. Antes, Ovasco Resende, vice-presidente da legenda, acusou Barroso de “articulações individualistas” para abrigar o presidente da República. O vice, contrário à filiação da família Bolsonaro, afirmou que “não mediremos esforços para defender o nosso partido”.
Depois de ter falhado na tentativa de criar um partido próprio, Jair Bolsonaro passou a procurar uma legenda com “porteira fechada”, como mostrou a Crusoé. O presidente chegou a ser convidado para se filiar ao PP e ao PL, por exemplo, e sentou para negociar também com PRTB e PMB.
Bahia – Ligado à Ovasco, Alexandre Marques foi destituído por Barroso da presidência do Patriota na Bahia.