Comentando o levantamento feito pelo site Mapa da Água, que detectou uma substância que gera riscos à saúde acima do limite de segurança na água do município de Vitória da Conquista, o vereador Ivan Cordeiro (PTB) cobrou da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) a resolução do problema.
De acordo com a publicação, foi indicado que Ácidos Haloacéticos Total (subprodutos da desinfecção) foram detectados na água do município entre os anos de 2018 e 2020. A substância é classificada como “possivelmente cancerígena” para humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O vereador cobrou solução à Embasa, bem como o melhoramento do serviço prestado pela empresa.
“Além de uma rede de esgoto precária e que não atende a demanda da população, devemos nos preocupar também com a baixa qualidade da água fornecida pela Embasa? É um descaso completo. Colocar a saúde dos conquistenses em risco é uma irresponsabilidade tremenda. Não podemos nos calar diante de tamanhos absurdos. A Embasa deve respostas”, disse o edil, que é pré-candidato a deputado federal.
Agência Reguladora
O vereador de Vitória da Conquista é autor de um projeto de indicação para a criação da Agência Reguladora de Vitória da Conquista, que teria como intuito firmar, por prazo indeterminado, termo de compartilhamento da regulação e fiscalização dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário com a Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa).
De acordo com a proposição, a agência estadual ficaria responsável pela regulação dos serviços de abastecimento de água e esgoto, e a agência municipal com a fiscalização desses serviços.
A indicação feita à prefeita Sheila Lemos propõe, ainda, que a Agência integraria a administração pública municipal indireta, submetida a regime autárquico especial dotada de poder de polícia e de autonomia decisória, funcional/administrativa e financeira.
Ivan acrescentou que a autarquia fiscalizará e cobrará da Embasa que haja eficiência e qualidade na reconstrução do equipamento que precisou ser manuseado.
“A população cobra muito sobre este ponto de reconstrução após o serviço. Por exemplo, há casos onde o solo, o asfalto, é prejudicado após a realização da intervenção da Embasa. A agência fiscalizaria essas ações e cobraria da Empresa a reconstrução do local de forma qualificada. Bem como nas zonas rurais da região, que muitas delas não têm acesso a água potável e esgoto, a Agência também indicaria melhorias para essas regiões”, pontuou o vereador.