Nascido na cidade de Itabuna, no sul da Bahia, o cantor sertanejo e apresentador do programa “Toada Rural” Guiga Reis é um dos postulantes a uma vaga na Câmara de Vereadores de Salvador (CMS). Filho de “um grande empreendedor” da zona do cacau, Guiga, não por acaso, tem seu nome ligado ao agronegócio, fruto da sua experiência na administração das fazendas da família.
O “Cowboy forrozeiro”, como é conhecido, pretende levar para a administração pública toda bagagem adquirida durante a longa estrada de labuta no setor agropecuário e de entretenimento. O músico é também produtor rural, além de criador de bovinos e equinos. Ideias e projetos para ambos os setores brotam com a mesma intensidade com que compunha os versos das suas dezenas de músicas, sendo a construção do Centro de Tradições Nordestinas a cereja do bolo.
“Quero fomentar a geração de emprego e renda com a instalação do Centro de Tradições Nordestinas transformando-o no maior parque de vaquejada já instalado no Nordeste. Estou empenhado em trazer a vaquejada para Salvador, transformando a cidade na Barretos do Nordeste. Salvador está há 30 anos sem ter vaquejada. Salvador terá seu CTN, vou lutar por isso”, planeja Reis.
“Através do CTN vamos trazer para Salvador o “fast food do Sertão” com as comidas típicas da nossa Bahia à preços módicos. Outra ideia é construir dentro do espaço um “forrodromo”, um alambique temático com a “rota da cachaça”, para apresentação das cachaças artesanais da Bahia. Quero fazer o Museu de Lampião, com toda história do cangaço para visitação pública, dentre outras coisas”, completa.
O “cowboy” coloca a realização de festivais como plataformas em potencial de fomento à cultura: “Como artista, músico e introdutor da música sertaneja na Bahia, fui o primeiro cantor country do Estado, quero incentivar as artes acima de tudo. Estimular a cultura afro com festivais de música negra, com as vozes negras mais lindas do Brasil, que são da Bahia. Incentivar a música gospel para o nosso público evangélico. Tenho expertise para isso, pois sou um músico profissional. Serei um baluarte da cultura”.
Animais – Da vida no campo e na criação de equinos e bovinos surgiu a paixão pelos animais. Outra bandeira defendida pelo pré-candidato a vereador é a “proteção aos animais”, assim como também a questão ecológica. “No trabalho de administração das fazendas sempre levei em conta o caráter ecológico, através da preservação das reservas de mata atlântica, onde mantemos até hoje os micos leões dourado, tucanos, papagaios…É meu desejo a plantação de mudas de árvores frutíferas, para alimentação das aves silvestres. Quero também sugerir um projeto de lei que proíba o uso de gaiolas. A gaiola é um instrumento de tortura”, ressalta
Política – Filiado ao Progressistas, Guiga justifica sua entrada na política ao “desejo de devolver à Salvador tudo aquilo que a cidade lhe deu”.
“Salvador me deu a fama, sucesso, o lado social, o lado econômico. Então, como um homem estabelecido, ruralista e independente posso agora retribuir tudo aquilo que a cidade me deu. A política deve ser doação, criatividade. Você deve entregar para comunidade tudo que você já ganhou, não ao contrário”, explica Guiga, que aponta como seus mentores políticos o vice-governador João Leão e o presidente municipal do Progressistas, Joca Soares.
Sem papas na língua, Guiga sobe o tom quando o assunto é a atuação dos atuais vereadores da capital, que segundo ele pecam pela omissão e distanciamento em relação aos eleitores: “Vejo um abismo muito grande entre a Câmara e a sociedade baiana. Não há comunicação entre vereador e a população. A última vez que se ouviu falar na Câmara de Vereadores foi no carnaval quando queriam acabar com a quarta-feira de cinzas. Quero mudar isso. Como comunicador, como homem de marketing quero trazer a CMS para perto da população levando em conta os seus anseios, os seus projetos, os seus pedidos… Vereador tem que está presente na vida do cidadão. Essa é a minha proposta de transformação”.
“O vereador não pode ser aquele que leva asfalto para a rua. Esse não pode ser o papel do vereador. O papel do vereador é levar ideias asfaltadas, o que é diferente. Portanto, fica aqui a minha crítica a atual Câmara de Vereadores. Aos seus representantes faltam a criatividade e projetos geniais que possam transformar a cidade. Acho que, por inércia dos atuais vereadores, haverá uma grande renovação na CMS”, conclui.