Listar as demandas para qualificação e fomento do trabalho dos artesãos e das artesãs, além de pensar estratégias e oportunidades de comercialização. Esses foram os principais objetivos do Encontro Artesanato da Bahia: especial para artesãos e artesãs do projeto Pró-Semiárido, do Governo do Estado. O evento virtual aconteceu na tarde do último dia 26 de fevereiro e envolveu especificamente comunidades rurais apoiadas pelo Pró-Semiárido no território de Identidade Piemonte Norte do Itapicuru.
A atividade foi uma realização a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), por meio da Coordenação de Fomento ao Artesanato, e a Associação Fábrica Cultural, em parceria com o Pró-Semiárido, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinaciamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), e com Instituto de Desenvolvimento Social e Agrário do Semiárido (Idesa).
“Além de reiterar o compromisso do Governo na perspectiva de potencializar as ações que viabilizem a produção, inserção das mulheres, jovens, e fomento à agricultura familiar, gostaria de salientar que nós vamos buscar a integração das políticas para potencializar o entendimento de que a gestão social se faz de forma coletiva. E essa ação de qualificação profissional e acesso a mercado traz o que a gente não consegue mensurar, que é a autoestima, o empoderamento e sentimento de identidade, pois o sentido se dá quando os artesãos são protagonistas dos processos”, destacou o chefe local de escritório do Pró-Semiárido, Cleiton Lin.
Na ocasião, foi ratificada a importância de as pessoas tirarem sua carteira nacional de artesão/ã e foi explicado o passo a passo para fazer o pré-cadastro, além de disponibilizar contatos para esclarecimentos de dúvidas. A ideia é que essas artesãs e artesãos participem de cursos de qualificação que vão abordar temas como precificação, design de produtos, uso de redes sociais, gestão, logística, organização financeira, ficha técnica, vendas na internet e comunicação pós-venda, além de outros assuntos de interesse da classe.
Para o técnico em desenvolvimento produtivo do Pró-Semiárido, Jiliarde Ferreira, que acompanha os grupos junto com técnicos do Idesa, essa é uma importante porta que se abre para as artesãs e artesãos locais: “A gente sabe das dificuldades que os artesãos têm na questão da comercialização e divulgação nos espaços. Tem muita coisa bonita que está escondido. Talvez este seja o momento de abrir as portas para esse público”.
Acerca do gargalo na venda dos produtos, o mediador do evento e membro da Fábrica cultural, Reginaldo Carvalho, explicou que a proposta é incentivar os grupos com rodadas de negócios, feiras, e salientou a disponibilidade de espaços para exposição e venda na loja física em Salvador, localizada no Porto da Barra e, futuramente, na loja que deve ser aberta no shopping da Bahia.
Grupos
Participaram do encontro representantes de grupos de artesãs/aos das comunidades de Jiboia e São João, município de Antonio Gonçalves; comunidades de Salgado e Surara em Andorinha; e Jacunã, do município de Jaguarari. O trabalho artesanal desses grupos envolve a manufatura com matérias-primas como palha de ariri, barro, cipó e couro.