Indicadores de preço de boi, soja e milho com dados positivos, avaliações contrastantes sobre o mercado no exterior e aposta de queda de juros no Brasil estão entre os destaques do dia
Destaques do dia
- Boi: indicador Cepea/B3 fica acima de R$ 223 por arroba pela primeira vez desde dezembro de 2019
- Milho: indicador Cepea/Esalq/BM&FBovespa volta a ficar acima do patamar de R$ 49 por saca
- Soja: indicador Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá bate recorde histórico nominal a R$ 117,53 por saca
- No exterior: mercado dividido entre tensão com China e EUA, avanço do coronavírus e bons dados da economia alemã
- No Brasil: investidores monitoram dados de inflação e atividade econômica para reforçar apostas em queda do juros
Agenda:
- USDA: inspeções de exportação semanal dos EUA
- USDA: condições das lavouras norte-americanas
- Ministério da Economia: balança comercial das quatro primeiras semanas de julho
Boi: indicador Cepea/B3 fica acima de R$ 223 por arroba pela primeira vez desde dezembro de 2019
O indicador do boi gordo Cepea/B3 calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) fechou a sexta-feira, 24, cotado a R$ 223,45 por arroba. Foi a primeira vez desde o dia 18 de dezembro que o indicador ficou acima dos R$ 223. A Agrifatto Consultoria registrou escalas de abate em São Paulo com oito dias úteis e acima da média parcial anual, que gira em torno de seis dias úteis. A média Brasil calculada pela consultoria fechou a semana em alta de 1,04% na comparação semanal, cotada a R$ 207,03.
Milho: indicador Cepea/Esalq/BM&FBovespa volta a ficar acima do patamar de R$ 49 por saca
O indicador do milho Cepea/Esalq/BM&FBovespa calculado pelo Cepea voltou a superar o patamar de R$ 49 por saca, após dois dias consecutivos abaixo dele. O analista da consultoria Safras & Mercado Paulo Molinari afirma que a colheita avança em Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais e São Paulo, e tem expectativa de que isso será intensificado na virada do mês. Além disso, o analista enxerga postura do produtor em reter mais milho nesta temporada, amarrando a oferta e sustentando os preços regionais.
Soja: indicador Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá bate recorde histórico nominal a R$ 117,53 por saca
O indicador Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá, calculado pelo Cepea, bateu recorde nominal histórico e encerrou a semana cotado a R$ 117,53 por saca. De acordo com o Centro de Estudos, o baixo excedente interno, a firme demanda de indústrias nacionais e a retração dos vendedores elevaram os valores domésticos e os prêmios de exportação. Os pesquisadores afirmam que os patamares recordes têm levado os produtores a negociarem soja das duas próximas safras. O Cepea estima que apenas 5% da safra 2019/2020 esteja disponível no país e os produtores esperam vender essa soja remanescente a preços maiores nos próximos meses.
No exterior: mercado dividido entre tensão com China e EUA, avanço do coronavírus e bons dados da economia alemã
O mercado segue monitorando a tensão entre China e EUA e o avanço do coronavírus, com preocupações em relação à retomada da economia global. Com isso, as bolsas globais iniciaram a semana em queda. Após bons dados de clima de negócios na Alemanha, com o indicador ficando acima do projetado pelo mercado, as bolsas ensaiaram alguma recuperação lideradas pela bolsa alemã.
Nesta quarta-feira, 29, o Banco Central dos EUA, o Fed, divulga sua decisão sobre política monetária e os investidores aguardam comunicação sobre os próximos passos da autoridade americana. O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, disse neste domingo, 26, que o novo pacote fiscal vai incluir novas medidas de complementação de renda aos cidadãos americanos
No Brasil: investidores monitoram dados de inflação e atividade econômica para reforçar apostas em queda do juros
Após o IPCA-15 de julho ficar abaixo do piso das expectativas e o IPC-Fipe desacelerar mais que projetado, os investidores ficam atentos aos dados de atividade econômica e mercado de trabalho para reforçar apostas de queda do juros. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária será na semana que vem e nesta semana estão previstos dados de taxa de desemprego e criação de vagas formais, além do IGP-M de julho. Caso esses dados mostrem recuperação lenta da economia e confirmem inflação abaixo do projetado, o mercado de juros deve reforçar apostas em mais quedas de juros nas próximas reuniões.
Fonte: Canal Rural / Foto:Divulgação