A agricultura brasileira vem batendo recordes de produtividade e produção, com margem para crescimento contínuo e sustentável. Mas esse crescimento deve ser responsável, levando-se em conta, por exemplo, questões relativas à saúde humana e à preservação do meio-ambiente. Nesse sentido, o secretário da Agricultura, João Carlos Oliveira, recebeu em seu gabinete para reunião, hoje (10), representantes de entidades ligadas ao recebimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas.
A Adab, representada na reunião, há muito desenvolve, no estado da Bahia, um importante trabalho no sentido do recolhimento das embalagens. Mas, à medida em que a agricultura cresce, é imprescindível envolver outros atores nesse processo.
“Há vezes em que, por desconhecimento, agricultores reutilizam embalagens de agrotóxicos, o que é muito perigoso para a saúde humana. E quando essas embalagens são abandonadas no meio-ambiente também causam enormes estragos, podendo contaminar terrenos e aquíferos, chegando a matar animais, novamente colocando em perigo a saúde humana. A conscientização sobre o tema tem que ser crescente e, para isso, faz-se imprescindível a ação de diversas entidades organizadas, levando-se em conta o gigantismo da Bahia”, comentou o secretário João Carlos Oliveira.
As embalagens entregues à Adab ou aos agentes credenciados são recicladas para produção de madeira plástica, de conduítes para fiação elétrica, dutos corrugados, ou transformam-se em embalagens de óleo combustível ou mesmo novos recipientes para agrotóxicos. Não devem ser destinadas para produtos comestíveis ou de uso humano.
Na reunião ficou clara a necessidade da formatação de parcerias que possibilitem, além do pleno recolhimento das embalagens já utilizadas, ações de conscientização dos agricultores e da população em geral sobre o tema. Tudo isso fortalecendo as atividades que já vem sendo desenvolvidas pela Adab.
Além dos já citados, também estiveram presentes à reunião desta tarde representantes da Federação Nacional das Associações de Centrais e Afins (Fenace), da Associação do Comércio de Insumos Agrícolas (Aciagri), da Associação dos Revendedores de Produtos Agropecuários do Sudoeste (Aras), da Associação dos Comerciantes de Agrotóxico da Região de Irecê (Acari), além de técnicos da SEAGRI e outras representações.
Foto: Div./Ascom Seagri