As máquinas em campo sinalizam o início da colheita do algodão na Bahia para a safra 2023/2024. Desde o dia 1º deste mês, a região sudoeste começou a colher a fibra. No oeste baiano, que detém 98% da produção, a colheita começou no dia 16. Nessa região, estão sendo cultivados 339.721 hectares de algodão, sendo 242.489 hectares de sequeiro e 97.231 hectares de algodão irrigado. No sudoeste, a área cultivada é de 5.710 hectares, com praticamente todo o volume em áreas de sequeiro.
As chuvas no início da safra preocuparam os cotonicultores, mas, ao longo dos meses, tornaram-se regulares, acumulando uma média superior a 1.100 milímetros. Isso permitiu que as lavouras de algodão se restabelecessem e apresentassem bons aspectos durante as diferentes fases de crescimento e desenvolvimento, o que é um indicativo favorável para uma boa produtividade na colheita.
Segundo o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Luiz Carlos Bergamaschi, esta foi uma safra marcada por decisões importantes desde o plantio. “Tivemos dificuldades no início da semeadura do algodão devido ao fenômeno El Nino, com chuvas irregulares e abaixo da média. Nos meses seguintes, as chuvas transcorreram normalmente e beneficiaram o desenvolvimento da cultura. Neste início da colheita, a perspectiva é de manter nossa estimativa inicial de 312 arrobas por hectare e acreditamos que alcançaremos também uma boa qualidade do algodão produzido na Bahia”, afirma Bergamaschi.
Apesar do início conturbado no plantio, a Abapa registrou 11,5% de replantio, correspondente a uma área de 28 mil hectares. No entanto, após a semente no solo, o clima se tornou favorável e os produtores adotaram as melhores práticas agrícolas para manter a produtividade média dos últimos anos. Na safra passada, a área plantada no oeste foi de 312,5 mil hectares, com uma produtividade média de 330,8 arrobas por hectare de algodão em caroço. A produção de algodão em pluma rendeu uma produtividade de 635,8 mil toneladas.