No dia em que o mundo comemora as conquistas femininas, a Bahia ressalta as mulheres baianas, símbolos da força, cultura e hospitalidade de uma terra cheia de aptidões para receber bem o visitante. Elas representam o estado no trabalho de promoção dos destinos realizado com seriedade pela Secretaria de Turismo nos mercados nacional e internacional – apesar da desaceleração de eventos presenciais no último ano, em virtude da pandemia da Covid-19.
Em solo baiano, estão em ações de receptivo dos turistas. Já em outros estados e no exterior, convidam potenciais visitantes para conhecer uma diversidade de lugares na Bahia (são 13 zonas turísticas e 133 municípios com reconhecido potencial), bem como a cultura e gastronomia, a conectar de maneira singular as influências indígena, portuguesa e africana.
“Nos eventos e ações promocionais, as baianas chamam a atenção pelos trajes típicos, com peças das cores cores do orixá que rege determinado dia da semana. Não há quem não queira ser fotografado ao lado delas ou receber fitinhas do Senhor do Bonfim”, explica o secretário estadual de Turismo Fausto Franco. As baianas tipicamente trajadas começaram a atuar na divulgação turística com mais destaque a partir da década de 70, fortalecendo o imaginário da Bahia construído entre as décadas de 30 e 60 por meio dos costumes e tradições que contribuíram profundamente para a construção da identidade turístico-cultural do estado.
Nos restaurantes e atrás dos tradicionais tabuleiros, recebem o cliente sempre com simpatia e preparam acarajé – comida ligada às tradições do candomblé e atribuída à orixá Iansã – e abará servidos com vatapá, camarão e outros acompanhamentos. No Centro Histórico de Salvador, um memorial mantido pela Associação das Baianas do Acarajé e do Mingau (ABAM) conta a história das mulheres ganhadeiras que ganharam as ruas para vender quitutes desde o período pós-escravidão.
As baianas do acarajé tiveram seu ofício reconhecido pelos Institutos do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) e do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no intuito de salvaguardar os saberes dessas mulheres símbolo da Bahia e do Brasil.
Neste 8 de março, a Bahia presta homenagens, na figura das baianas, às mulheres de fibra que lutam para movimentar a economia do turismo no estado, deixando ir à tona suas marcas como felicidade, garra, doçura e uma pitadinha do dendê, o tempero mais marcante da nossa peculiar gastronomia.
Foto:Mulheres/Divulgação