Baixo Sul recebe investimentos para comunidades quilombolas e um novo Mercado do Peixe

O território Baixo Sul está em festa, com as entregas realizadas pelo Governo do Estado, nesta quinta-feira (19/12), no município de Camamu, em evento que marca as 300 visitas do governador Jerônimo Rodrigues a municípios da Bahia. Entre as entregas estão o novo Mercado do Peixe na sede do município, o novo Centro Sociocultural da comunidade quilombola de Tapuia e os Certificados do Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir), que irão beneficiar 1.594 famílias quilombolas.

As ações promovem a valorização das comunidades quilombolas da região e irão incrementar a pesca tradicional no local. O Cefir vai garantir a regularização ambiental de comunidades quilombolas dos municípios de Camamu, Nilo Peçanha, Igrapiúna e Wenceslau Guimarães, no âmbito do Quilombo Legal, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), em parceria com o Instituto do Meio Ambiente (Inema).

“O município de Camamu está aqui num território riquíssimo, com mananciais, com biomas, que o agricultor e a agricultura familiar, os povos da mata, ajudam a preservar. Mas, para essa preservação acontecer é importante que haja alternativas econômicas de sustentabilidade para esse povo. E é por conta disso que o Governo do Estado trabalha com investimentos na base de produção e na regularização ambiental dessas comunidades tradicionais, reconhecendo a importância que elas têm, e na verticalização dessa produção, levando ao mercado esses produtos de qualidade. Então, aqui a gente está entregando esse Mercado do Peixe, o, que é uma alternativa importante aqui de subsistência nessa região”, ressaltou Alexandre Simões, diretor-geral da CAR..

 O representante da Associação de Moradores Remanescentes dos Quilombos Pratigi e Matapera, Lucimario dos Santos, falou sobre a relevância do certificado para as 65 famílias da comunidade. “O Cefir reforça o direito de nós estarmos no nosso território e a garantia da nossa cultura e do nosso bem-viver. É uma luta que vem de muito tempo e hoje a gente se sente realizado com esse certificado”, conta.

 Pesca incrementada

Já o novo Mercado do Peixe beneficia 100 famílias que trabalham nessa atividade tradicional, de forma direta, com uma estrutura adequada para a venda do pescado. “Tenho certeza que o movimento agora vai aumentar, porque estamos mais próximos dos outros comércios, como o de carnes e de farinha. Vai trazer mais renda para a gente”, disse o pescador Carlos Alberto Silva, conhecido como Chicão.

Cultura e tradição valorizadas

Já o Centro de Cultura, instalado na comunidade quilombola de Tapuia, vai unir arte e tradição e transformar a vida de jovens e mulheres, a partir da produção cultural, com música, dança, artesanato e culinária.

Fotos: André Frutuoso/Ascom CAR