Com o propósito de passar na música a vivência real dele e dos seus, Besoro lança seu EP O ESCARAVELHO, que contém 6 faixas de Drill, todas serão lançadas no dia 13 de cada mês, seguindo assim 6 meses contínuos de lançamento. As músicas que compõe o projeto transmitem uma auto críticas, debates sobre a sociedade, o sistema e contos da vida real do cria de favela brasileiro, com batidas fortes e marcantes do drill, Besoro modifica a estética gringa do drill de gangues americanas e passa a falar sobre a realidade brasileira e de sua vivência como jovem preto baiano de periferia. O ódio expressado em suas linhas no fundo traz a verdade e o sentimento do artista que encontrou no rap uma forma de expressão e também uma válvula de escape que pode trazer retorno positivo sobre sua vida e de sua família.
Já está disponível nas plataformas as faixas “Diario de um filha da put*” e “Aladin” .
Sobre o artista
Criado nas ruas de Jardim Cajazeiras, Rodrigo da Conceição Silva teve como influência seu irmão mais velho que sempre ouviu Racionais Mc’s, a286, detentos do rap, facção central, grupos que chamaram sua atenção pelas letras poéticas que refletiam seu dia-a-dia. Para Besouro, o rap era o único ritmo capaz de ouvir e ver, ao vivenciar coisas que seus ídolos cantam, se identificando em cada som, encontrou ali a possibilidade de transformar sua vivência em arte.
Dono do grupo Obi’ebo que tem como principal objetivo a missão de fazer músicas para cada orixás na mesma ordem do xirê de candomblé, onde participam os artistas xarope mc, opanijé e tauamim, o artista com 27 anos já carrega em sua bagagem uma grande experiência no cenário musical. Em 2007, começou a trabalhar na UGAME como MC fazendo rap com letras sobre jogo, voltados ao próprio game, com toda influência familiar e sua identificação com o gênero, o artista começou a estudar sobre empoderamento negro e toda sua ancestralidade e decidiu se desvincular da empresa para cantar sua vivência de rua e de vida.
Inspirado no rap brasileiro, atualmente admira muito o trabalho do artista Djonga, tendo como referência e acredita que a música é um caminho para poder ajudar sua mãe e sua família.