Biografia política de Leonel Brizola será lançada nesta quarta-feira (27) na Alba

O segundo volume da obra Leonel Brizola, Uma Biografia Política será lançado na próxima quarta-feira (27), às 16h, no saguão Nestor Duarte da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), com a presença dos autores Hari Alexandre Brust, político e militante trabalhista gaúcho que foi amigo e colaborador do biografado, e Nilton Nascimento, escritor, pesquisador e jornalista veterano especializado nas áreas de economia e política. Com o subtítulo de Engenheiro da Educação (1964 e 2004), a publicação, lançada pelo selo ALBA Cultural, traz um recorte da segunda metade da vida do líder político nacionalista e contém prefácio assinado por Ciro Gomes.

O livro de 516 páginas complementa o texto biográfico, que teve seu primeiro volume, O Fio da História (1922-1964), lançado em 2015. Trata-se de um trabalho de fôlego, extramente bem documentado. Na segunda parte, agora lançada, a história é retomada no período da instalação da ditadura militar, quando Brizola foi ao exílio, por 15 anos, e segue até os últimos dias do estadista, fundador do Partido Democrático Trabalhista (PDT), em 1980, e único político na história eleito a governar dois estados brasileiros, Rio Grande do Sul (1959-1963) e Rio de Janeiro (1983-1987 e 1991-1994).

A bandeira da educação, talvez a mais importante levantada por Brizola, é um dos destaques do livro, assim como os ideais trabalhistas, herdados legitimamente de Getúlio Vargas. “A questão da soberania nacional, dos direitos dos trabalhadores, do patriotismo, da educação de tempo integral e de boa qualidade era um dos princípios pétreos para Brizola”, declarou Manuel Dias, presidente da Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini, na apresentação do livro. 


Em seu prefácio, Ciro Gomes ressaltou a importância da obra no instante político pelo qual passa o país. “Este livro, que recupera a história de Leonel Brizola, chega em um momento que precisamos de inspiração para seguirmos na luta. A nação brasileira está doente, o povo está machucado, humilhado, rondado pela pior de todas as doenças, que é a desesperança e a descrença. Por esta razão, precisamos levantar o exemplo do Brizola”.