No entanto, o comentarista Miguel Daoud destaca que o setor precisa de ajustes para remunerar melhor o produtor rural
Brasil voltou a ser o maior fornecedor de açúcar para o mercado chinês, respondendo por 60% das importações do país asiático em junho, de acordo com a Administração Geral da Aduanas da China.
As importações chinesas de açúcar brasileiro, que tinham somado apenas 145,3 mil toneladas entre janeiro e maio, deram um pulo em junho: o volume exportado no mês foi de 239,4 mil toneladas, crescimento de 477% em relação ao mês passado.
Em 2017, Pequim submeteu o açúcar brasileiro às taxas para proteger a produção doméstica. Este ano, o Brasil abandonou uma denúncia na Organização Mundial do Comércio (OMC) e evitou a abertura de um comitê de investigação contra a China por causa da sobretaxa, depois que Pequim se comprometeu a não estender para além de maio de 2020. Assim, a tarifa fora de cota, que era 85%, voltou a ser de 50%.
O comentarista do Canal Rural Miguel Daoud afirma que notícia é excelente e que o Brasil tem as condições necessárias para atender essa demanda. “Vários países, principalmente a China, que mais demanda produção agrícola, está enfrentando problemas de seca e enchentes. O mundo está vivendo um momento com temperaturas extremas, o que acaba levando a um aumento de demanda grupal”, diz.
Daoud acredita que, dentro de cinco anos, o Brasil será o maior produtor de alimentos do mundo, mas para que isso se converta em renda para o produtor serão necessários ajustes.
Em relação à China, o comentarista acredita que precisamos manter uma boa relação diplomática com o país asiático. “Temos que ter bom relacionamento para a China trazer recursos e trazer desenvolvimento”, finaliza.
Fonte:Canal Rural / Fotos:Divulgação / Jonas Oliveira/ANPr