Presidente da CPMI do Congresso Nacional que investiga os atos do dia 8 de janeiro, o deputado baiano Arthur Maia (União) responsabilizou o PT da Bahia pelo fato de o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não ter uma base mais sólida no Legislativo. O parlamentar se referiu principalmente ao comportamento do partido dele, que tem três ministérios, de não garantir o apoio ao Palácio do Planalto.
“Todo mundo sabe aqui em Brasília que essa turma do PT da Bahia é responsável em grande medida por esse afastamento do União Brasil, porque eles trouxeram o problema paroquial do nosso Estado para aqui, para Brasília, e vetaram o nome natural para o ministério, que era o do líder Elmar Nascimento”, declarou Arthur Maia, em entrevista publicada nesta quarta-feira (07) pelo jornal Folha de S. Paulo.
Arthur Maia disse que o aliado Elmar Nascimento não falou mal de Lula na campanha de 2022. “Eles (o PT baiano) se referem a coisas passadas. Elmar não falou contra Lula nem 1% do que Geraldo Alckmin (vice-presidente, do PSB) já falou. É preciso perguntar também se eles querem governar olhando para o retrovisor ou para frente”.
O deputado, que disputa com o PT a indicação para o comando da superintendência da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) de Bom Jesus da Lapa – o titularidade do cargo segue com Harley Xavier, indicado por Arthur Maia ainda na gestão Jair Bolsonaro (PL) -, afirmou que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, vice uma situação delicada.
“O Rui Costa está vivendo aqui uma situação delicada. Eu não quero agora fazer crítica ao ex-governador Rui Costa, até para não parecer que estou retribuindo na mesma moeda”, argumentou.