Bruno Reis apresenta boas práticas da gestão em Salvador durante evento para prefeitos do União Brasil

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, participou nesta quarta-feira (6) em Brasília da abertura do Prefeito de Sucesso, evento idealizado pelo União Brasil e pela Fundação Índigo para promover a capacitação de gestores municipais eleitos e reeleitos pelo partido este ano. Durante seu discurso, Bruno falou sobre a experiência de administrar a capital baiana e apresentou sugestões, principalmente para aqueles que vão chefiar alguma cidade pela primeira vez a partir de janeiro.

Entre os nomes que também participam do evento, que vai até quinta (7), estão o vice-presidente do União Brasil e presidente da Fundação Índigo, ACM Neto, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o senador Sérgio Moro e o presidente nacional do partido, Antonio Rueda.

Bruno destacou a importância do planejamento estratégico para os gestores municipais. Segundo ele, a fixação e acompanhamento de metas de longo prazo permite que os prefeitos não sejam totalmente absorvidos pelas demandas do cotidiano. “Quem é prefeito sabe que precisar conviver com os problemas do dia a dia, os problemas que batem à porta da prefeitura, mas também precisa projetar a cidade para os próximos anos. E é aí que entra o planejamento estratégico, que aponta para onde você quer chegar e o que quer entregar nos quatro anos. Sem um planejamento estratégico, a maioria dos prefeitos se perde na solução dos problemas do dia a dia e não consegue projetar a cidade para o futuro”, disse Bruno.

Entre as ações importantes para uma gestão de sucesso, Bruno Reis mencionou o comprometimento com a responsabilidade fiscal, a necessidade de montar uma equipe tecnicamente qualificada, a importância de ouvir de perto a população e a atenção específica para segmentos sociais.

Bruno ressaltou que, desde a gestão de ACM Neto, a Prefeitura de Salvador segue a regra de ouro de qualquer boa administração: arrecadar mais e gastar menos. Com essa organização financeira, Salvador conseguiu não só ampliar os recursos próprios para os investimentos necessários, como também buscar operações de crédito.

De acordo com o prefeito, nos últimos 12 anos a Prefeitura não contou com nenhuma verba vinda de convênios estaduais – apenas com as transferências obrigatórias – além de poucos recursos do governo federal. “Éramos uma prefeitura falida, ninguém queria nos emprestar. Hoje temos a Capag A+, nota máxima no índice do Tesouro Nacional que avalia a gestão fiscal. Com isso, pudemos antecipar uma série de investimentos, o que tem nos permitido custear os avanços da saúde, educação e área social”, pontuou.

Para atingir essa meta, explicou o prefeito, é fundamental em Salvador a atuação conjunta da Secretaria da Fazenda, responsável por ampliar a arrecadação, e da Casa Civil, a quem cabe controlar as despesas. “Qualquer projeto novo precisa da aprovação do prefeito. E quem controla essa suplementação orçamentária é a Casa Civil. O secretário da pasta interessada apresenta o custo do projeto, a gente decide, ele faz um ofício para a Casa Civil e então deliberamos”, relatou o chefe do Executivo soteropolitano. “Equilibrar receita e despesa permitiu à cidade ter autonomia, independência, caminhar com as próprias pernas”, acrescentou.

Ao comentar a montagem do seu secretariado, Bruno disse que buscou referências no mercado para trazer um “olhar de fora” para a administração pública, como, por exemplo, a secretária de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda, Mila Paes, que também participa do evento em Brasília. “Governem com os melhores; ninguém faz nada sozinho”, afirmou. Segundo o chefe do Palácio Thomé de Souza, o prefeito é como um médico clínico geral, e sua equipe são os especialistas. “Quando forem tomar uma decisão, não tenham vergonha de dizer que não entenderam, de pedir que explique mais uma vez. Não tomem nenhuma decisão sem conhecer com profundidade o tema”, sugeriu.

Reeleito com 79% dos votos válidos em outubro, Bruno defendeu que os gestores precisam ouvir diretamente e constantemente as necessidades da população. “Todos os dias eu vou para as ruas. Só não inauguro obras quando estou em alguma agenda fora. É a oportunidade que eu tenho de conversar com as pessoas. Isso me permite conhecer de perto os problemas e tomar a melhor decisão para resolvê-los, além de ouvir os sonhos e expectativas do povo”, disse.

“Por fim, eu diria que o sucesso da nossa gestão está em trabalhar para quem mais precisa, para as pessoas mais pobres”, completou o prefeito, ao destacar que 86% dos recursos municipais são aplicados nas regiões mais carentes da capital baiana. “Quem anda no Centro, nas principais vias, tem a percepção de que nenhuma cidade do Brasil se transformou tanto como Salvador nos últimos anos. Essa é a sensação de quem volta a Salvador depois de um tempo. Mas não foi aí que aconteceram as maiores transformações; foi na periferia”, comparou.

“As pessoas sentem isso, a presença do poder público. Mas além desses projetos maiores e investimentos para os mais pobres, há intervenções que também impactam diretamente setores”, pontuou Bruno Reis, ao citar a construção do primeiro hospital público veterinário da Bahia, a abertura de dez restaurantes populares, a implantação de 100 campos de grama sintética, a entrega da Casa da Mulher Brasileira, o ordenamento e requalificação de espaços do comércio informal, entre outras ações.

“Foi com essa postura que, mesmo enfrentando um conjunto de forças políticas, vencemos a eleição com 79% dos votos, porque eu tinha ao meu lado o povo da cidade. Toda gestão bem avaliada administrativamente tem consequências no campo da política. Façam o que precisa ser feito agora e vocês chegarão muito mais fortes em 2028”, aconselhou Bruno à plateia de prefeitos do União Brasil.

O prefeito de Salvador apontou a relevância do evento para os gestores municipais e ressaltou a importância de promover as medidas necessárias no começo da administração. “Quero parabenizar a Fundação Índigo na figura do seu presidente, ACM Neto, pela realização deste evento, que é muito importante para os prefeitos, sejam os reeleitos ou os eleitos, em especial, porque ainda vão conhecer mais sobre a máquina pública. Além da troca de experiências com outros prefeitos, também haverá a oportunidade de ouvir técnicos e especialistas em diversas áreas, como gestão e orçamento, sobre o que fazer, principalmente nos 100 primeiros dias, para viabilizar a gestão. É importante adotar uma série de medidas desde o dia 1º de janeiro para ter condições de fazer os investimentos, que vão transformar de verdade a vida das pessoas”, disse.