O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), já deixou claro que não quer brigar politicamente com o vereador e ex-aliado Geraldo Júnior (MDB), presidente da Câmara Municipal e pré-candidato a vice na chapa encabeçada pelo petista Jerônimo Rodrigues ao governo da Bahia. Afinal, Reis sabe que precisa do Legislativo para aprovar os projetos do Executivo, e vai trabalhar para manter uma relação institucional respeitosa. Mas isso não quer dizer que o prefeito precise conviver com apadrinhados do MDB empregados em cargos de confiança na estrutura governamental.
Foram exoneradas hoje pelo menos nove pessoas ligadas ao partido que estavam em órgãos da prefeitura. Entre os nomes que saíram no Diário Oficial de Salvador pela tarde estão Eliezer Ladeira Freire, diretor-presidente da Agência Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos (Arsal), e Larissa Gomes Moraes, subsecretária da pasta da Ordem Pública (Semop). O presidente estadual do MDB, Alex Futuca, também apareceu na relação – ele era assessor especial da Semop.
O MDB ainda ocupa a titularidade da Semop, com a secretária Marise Chastinet, que deve ser exonerada amanhã (01), no Dia da Mentira. Geraldo Júnior também tem o irmão empregado na prefeitura. Trata-se de José Acácio Ferreira, subsecretário municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), pasta que tem como secretário o vereador licenciado Kiki Bispo (União), um dos aliados de Bruno Reis que ficaram indignados com a manobra feita pelo presidente da Câmara para ser reeleito antecipadamente para mais um mandato na Casa.
