O prefeito de Salvador, Bruno Reis, defendeu o padrinho político, ACM Neto, dos rumores de que Jair Bolsonaro teria prometido entregar o Ministério da Educação (MEC) ao ex-prefeito da capital baiana, em troca da neutralidade do DEM na eleição para presidência da Câmara (veja aqui). O partido acabou declarando isenção na disputa, abandonando a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), apoiada pelo ex-presidente da Casa, Rodrigo Maia, do DEM. O movimento do partido beneficiou a candidatura do presidente eleito Arthur Lira (PP-AL), que teve a maioria dos votos do partido.
“O prefeito deixou claro desde sempre que a relação com o governo federal não passava por cargo, que ele não tinha e não tem desejo de ocupar cargo no governo federal. Isso não passa de especulação infundada. Não houve convite para ocupar nenhum ministério e, se houvesse, ele não aceitaria”, disse Bruno, em entrevista durante abertura do ano legislativo na Câmara Municipal de Salvador.
Ele ainda defendeu a decisão de Neto, também presidente nacional do DEM, de liberar a bancada para votar como quisesse. “Ao não formalizar apoio a nenhuma candidatura, é porque havia maioria do partido a Arthur Lira. Quando você é ampla maioria, você consegue unificar posição. Quando há grande divisão no partido, como tinha, é melhor você liberar a bancada, como foi feito”, argumentou.
Bruno também comemorou a vitória do correligionário Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para presidência do Senado e acredita que ter no cargo alguém do próprio partido vai facilitar na articulação de recursos federais para a cidade.
PROJETOS PARA CÂMARA
O prefeito anunciou que deve enviar à Câmara nos próximos dias um projeto de lei que prevê venda de terrenos não usados pela prefeitura. “Vamos enviar um projeto de alienação de terrenos, que são terrenos que não tem qualquer utilidade para o poder público, dentro daquela estratégia nossa de dar utilidade ao bem público.”
Fonte/Foto: BN