De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, foi oferecido ao Ministério da Saúde, em julho de 2020, a entrega de 60 milhões de doses da CoronaVac, que poderiam ser entregues no último trimestre de 2020. Segundo Covas, não houve avanço nas negociações.
“Refiz um outro ofício no dia 7 de outubro, reafirmando os ofícios anteriores, e oferecendo 100 milhões de doses. Desses 100 milhões, 45 milhões seriam produzidas até dezembro de 2020, 15 milhões no fim de fevereiro e 40 milhões até maio”, explicou Covas durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid na manhã desta quinta-feira (27).
“O mundo começou a vacinar no dia 8 de dezembro. No final de dezembro, o mundo tinha aplicado mais de 4 milhões de doses, e tínhamos no Butantan 5,5 milhões, e mais 4 milhões em processamento. Sem contrato com o ministério. Nos podíamos ter começando antes? O Brasil poderia ter sido o primeiro pais do mundo a iniciar a vacinação, se não fossem esses percalços, tanto contratuais como de regulamentação”, completou.
O instituto desenvolve, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, a Coronavac, que é responsável por 65% das doses de vacinas aplicadas no Brasil, segundo o Localiza SUS, plataforma do Ministério da Saúde.